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31 agosto 2006

novis

um filme onde nunca entrei
gerou obcecação.

a paz interior e a liberdade
são muito mais

que tudo isso.

29 agosto 2006

hoje

28 agosto 2006

quebrar o mar


a casa onde habita
a minha e a tua morada
constroi-se sólida

e com tempo.

dizias tu do calor?

os outros


porque " a vida são os outros"
hoje abraça-te o reencontro
dos amigos.

caminhos de Helena


o significado da palavra "relação"
revela-se sempre

com os pés
vincados na terra.

24 agosto 2006

o guarda-amor


os viajantes
recolhem a noite
com nome de alma.

transporta-se assim
o amor
que guardamos

pelas esquinas da cidade.

22 agosto 2006

Constança de Portugal


um Pai que se apaga
uma sobrinha que nos transforma

tivesse ainda tempo
e entregava-te

a beleza do mundo.

21 agosto 2006

sem porta


nos alongamentos
respira-se fundo
porque o caminho faz-se andando.

a vida nunca estagna.

apenas passa.

19 agosto 2006

hoje comigo


na magia de quem te criou
testemunho um amor denso.

abraço as certezas
pelas esquinas da cidade
com o mesmo amor que te partilham

hoje comigo.

Parabéns E. e C.

17 agosto 2006

de branco


hoje reconstruo
de novo

a minha individualidade.

puro


enquanto acreditar
no teu ser mais puro
abraçarei as paredes.

nelas transponho a luz
dos passos
onde hoje me transporto.

16 agosto 2006

la vita dolce


nelle nostre parole
tocco il futuro
tranquillamente.

15 agosto 2006

a fragilidade


no reencontro do que pareces
habita sempre
uma palavra chamada família.

os sorrisos escondidos


poucas imagens
habitam focadas
nesta morada.

esta merece.

12 agosto 2006

no dia em que o céu te recebeu

11 agosto 2006

one


is it getting better
or do you feel the same?

10 agosto 2006

resguardo


enquanto as velas ardem
caminharei sobre a água.

09 agosto 2006

a exploração


a exploração
da cúmplicidade que nos atinge
sulplica-nos a fechar os olhos

sentimos

hoje
a brisa quente da beleza
que nos transporta.

07 agosto 2006

com porta


enquanto reconstruo a minha pele
invades-me de branco

ou de qualquer outra coisa
sem número de contacto.

dizias tu da luz?

02 agosto 2006

the passenger


há pessoas
que vivem em deserto a vida inteira
outras
aceitam a vida tal como ela é.


nesse momento em que me transformava
pela loucura da esperança do que não resta

um momento baço preso ao pó da recusa,
da transparência de uma vida inteira,
onde tudo o que se transporta
passava a estar num único reflexo.

a culpa era das paredes.
a história que renasce
a cada momento por quem lá habita,
por quem lá segredou que está vivo.

mas as paredes já não as sinto.
delas transpiram o odor do passado
que deixei que me passasse por cima.
sinto o que elas transbordaram
durante toda a minha existência
e reconheço agora

só salvarei a minha morte

se passar em frente
como uma criança
e com um coração esgalhado
ao perdão
que nunca esquece.

01 agosto 2006

a entrada


nas minhas mãos
o futuro rasga-se com espera.

tudo o que hoje conquisto
e que nunca imaginei.