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29 julho 2006

palavras de caminho


a língua do meu país
alcançou-te

no dia em que resgataste
a Helena
que trago comigo.

na ausência


na transparência
da minha palavra inteira

entreguei-te o meu rosto.

27 julho 2006

ruas da cidade


voo profundo
numa espera
ou procura
inexistentes.

reconstruo hoje
as paredes
daquilo a que chamo

casa.

26 julho 2006

the art of Amália


nos dias
em que não te partilhas

somos todos mais lúcidos.

24 julho 2006

"posso levantar-me"


elevo-me
a uma serenidade
mais ousada,

e questionamos com cumplicidade
a procura.

dizias tu dos livros?

22 julho 2006

mnaa


aqui
enquanto não somos todos livres
seremos todos prisioneiros.

zero2


enquanto
descubro o bairro
com nome de alma
toco a calçada.

revejo-me no futuro
daquilo
a que um dia
chamarei de casa.

18 julho 2006

Santos ConVida


hoje palmilhei o bairro
com nome de alma grande.

mais um motivo
para acreditar
que Lisboa pode ser
a futura Barcelona da Europa.

17 julho 2006

o fogo


enquanto observamos o fogo
abraço
os teus segredos mais puros.

a vida
devolve-nos sempre
aqueles que nunca tivémos

e o poder
mais implacável.

do vento


enquanto plantas cerejeiras
no fundo do rio,

abraço uma viajante
no dia em que o céu
a recebeu.

parabéns J.

taxi


enquanto me apontas
anestesias e saltos
deixo que o tempo
te reconstrua.

procura-se um registo

cor
é o seu nome.

16 julho 2006

mais um pano


Chiado.
mais um pano
que cai.

abraço o que recolho
com uma avidez
de quem vive

hoje
em reconstrução.

14 julho 2006

sx and the city


hoje,
num outro branco
envolvemo-nos
em realidade.

na cúmplicidade feminina
partilhamos
um sonho,

chamado puro.

a cidade


a cidade
transporta-me sempre.

os voos são altos
e registam-se
sempre alados.

12 julho 2006

por dentro


a reconstrução
é sempre uma vontade implacável.

hoje visto-me de branco
por dentro.

crianças invisíveis


faço-o
para ficar perto de ti.

onde deixaram a beleza do mundo?

11 julho 2006

lisboetas


na fragilidade
do que pode ser uma vida,
uma felicidade
que se constrói

livre.

09 julho 2006

o bonito


enquanto meditas
na tua limpeza interior
inspiro
o que temos construído.

és precioso demais
para te perderes

para te perder.

08 julho 2006

eu, tu e todos os que conhecemos


gosto
de te tocar de perto.

na reconstrução livre
do meu corpo
envolves-me sempre

de branco.

07 julho 2006

um voo breve


na noite
em que te sentes livre
segredas-me
o toque das tuas mãos.

um voo breve

que regressa
sempre a casa.

06 julho 2006

D.


na ausência de carne fria
e no medo da tua sombra
habita o meu mundo
real.

um lugar
onde as pessoas
são inteiras

e não temem a palavra
maturidade.

pic32nic III


comprova-se
em terra kármica
uma amizade
chamada presença.

04 julho 2006

por existires


uma cúmplicidade de vida
ou um presente
balsaquiano,

alguém

ou mesmo a fada
da casa que agora
reconstruo.

parabéns M
obrigada por existires.

jogo de cintura


enquanto sujas as mãos
e foges do mais puro,

nas pegadas
da tua ausência
escrevo a palavra
liberdade.

dizias tu do reencontro?

03 julho 2006

pic32nic II


na noite
em que o céu te recebeu
um encontro
de almas resolvidas.

à volta do fogo
a chuva
molhava-nos o rosto.

do que somos


comprovo
o estado positivo
do que somos capazes
de alcançar.