31 dezembro 2009
PersonalTime 9 l Janeiro 2010
A pensar no seu tempo antecipamos a edição uma semana, passando a envia-la sempre na última 5ª feira do mês, anterior ao da newsletter. A poucas horas de virarmos a página de 2009, partilhamos consigo o chá do restaurante nomeado pela Wallpaper como um dos melhores do Mundo, uma escapadela num dos riads mais sofisticados de Marrakech, a melhor massagem da cidade no Spa do hotel mais Atlântico da capital, sem esquecer um dos mais extraordinários champagnes do Mundo para a passagem do ano de logo à noite.
Que venha 2010 inundado de tempo, muito tempo para continuar a fazer um projecto que tem apenas uma missão: pensar no seu tempo mais puro.
explore a PersonalTime aqui e leia a newsletter aqui.
28 dezembro 2009
25 dezembro 2009
already 25th
enquanto o super-homem não chega para me mostrar Lisboa,
o menino dourado brinca pelas janelas da cidade
e sem se esquecer da importância do abraço,
confia-me a beleza do ser humano ainda puro.
na noite de Natal,
a neve cobre-me a imaginação.
e ao reconhecer a abundância,
adormeço com o privilégio de um coração mais extenso.
thank You for light my candle.
24 dezembro 2009
dreaming really high
enquanto tento colocar setes anões no porta bagagens de um Smart, sinto a chegar a beleza, a intensidade da noite mais emocional do ano. a noite em que me atrevo sempre a sonhar um presente impossível. (e eu que raramente me encontro com esta palavra).
this Christmas I imagine this, in my amazing city.
23 dezembro 2009
almost 25th
Ele dorme dentro da minha alma
e às vezes acorda de noite
e brinca com os meus sonhos.
e às vezes acorda de noite
e brinca com os meus sonhos.
O Guardador de Rebanhos, Alberto Caeiro
moleskine 2010 III
qualquer semelhança cénica
com os projectos do meu moleskine de 2010 é pura coincidência.
por tudo isto
os viajantes escolheram o lado nómada da linha de água.
Vivem ali, e cantam - sabendo que a vida não terá sido um abismo,
se conseguirem que o seu canto, ou estilhaços dele,
os una de novo ao Universo.
moleskine 2010 II
enquanto aguardo valores, há ainda salvação na Vida Portuguesa.
Táxi de brincar, feito em lata, plástico e borracha, movido a fricção. Um Mercedes preto de topo verde, como os saudosos fogareiros que voltaram a circular pelas ruas de Lisboa.
Destinado a crianças com idade superior a três anos, tem vindo ainda a tornar-se um objecto de culto entre muitos coleccionadores de automóveis. Não tóxico, conforme à lei portuguesa. Embalado numa caixa de cartão ilustrada. Dimensões: 16 x 6 x 6 cm.
Táxi de brincar, feito em lata, plástico e borracha, movido a fricção. Um Mercedes preto de topo verde, como os saudosos fogareiros que voltaram a circular pelas ruas de Lisboa.
Destinado a crianças com idade superior a três anos, tem vindo ainda a tornar-se um objecto de culto entre muitos coleccionadores de automóveis. Não tóxico, conforme à lei portuguesa. Embalado numa caixa de cartão ilustrada. Dimensões: 16 x 6 x 6 cm.
22 dezembro 2009
nós e as palavras
enquanto guardo na mala da viagem os teus segredos mais puros, agradeço o privilégio dos dias claros. E na extensão dos corações mais inteiros, a cumplicidade da coragem, o poder das palavras que não substituem os actos, o caminho até ao rio no dia mais frio do ano, os fotógrafos viajantes com que nos cruzámos e uma cidade inundada de imagens cénicas.
no final dos dias
ainda a importância da consistência.
and never forget, life should be about trust.
obrigada ao segundo viajante fotógrafo pelo envio da imagem.
para ver a colecção toda (just friends) entre aqui.
21 dezembro 2009
paris lisboa
there is a long distance between "I'm afraid" and "I'm scared".
e este blog lembra-me a apartamento magazine. o seu autor também. culpa talvez da objectiva vintage ou de um expresso Paris Lisboa.
GQ l Pelas ruas da cidade
No rasto do menino dourado
Poderia faze-lo apenas pela tarte Tatin de abóbora, com requeijão e nozes criada pelo Chakall. Mas se já havia razões para rasgar o eixo Norte-Sul, atrás de um dos restaurantes melhores de Lisboa, a partir de agora não há qualquer razão para dúvidas. Estaladiço de requeijão com pinhões, manjericão e mel, sobre aveludado de tomate, doce de damasco e perfumado com iogurte e cebolinho. Robalo do mar crocante sobre migas de batata, puré de alho francês, compota de pêra e tomate confit ou uma Perdiz em duas maneiras, com puré de castanhas, cogumelos estufados e molho de vinho tinto. Ainda um pudim Abade de Priscos com espécie de lemon curd crocante de amêndoa e redução de Porto doce. Foi com esta ementa que Igor Martinho, chefe executivo do restaurante Quinta dos Frades venceu a vigésima edição do concurso Chefe Cozinheiro do Ano 2009. Depois de ter estagiado com Martin Klein no Hangar 7 em Salzburgo, o chef de apenas vinte e cinco anos alargará ainda mais os horizontes da sua criatividade no restaurante Noma, em Copenhaga, onde irá estagiar durante um mês. E porque estamos em época de excessos, não perca mais tempo e renda-se a este tesouro escondido, com tudo o que tem direito. A sensualidade da cozinha do chefe do Mundo e a coragem do menino dourado merecem.
Quando o casamento é perfeito
O Arola tem a mais bonita club sandwich do Mundo e um dos mais apetecíveis brunchs do fim-de-semana. Palco da recente apresentação do Coffee Codex, uma ideia genial da Nespresso, um guia completo para a degustação profissional do café e a arte de o combinar. Ao criar o Coffee Codex, o co-autor, Giuseppe Vaccarini, estudou as diferentes tipologias com 12 reconhecidos sommeliers internacionais, seleccionando o Grand Cru como o que melhor correspondeu às suas próprias personalidades, quando combinado com alimentos, bebidas ou chocolates. Na degustação a experiência foi sublime, quando o chef Fauto Airoldi nos deu a provar uma harmonização de café uma telha de amêndoa com gelatina de mel e espuma de bolacha Maria com o Leggero da Nespresso. Dirigido principalmente aos sommeliers profissionais, o Coffee Codex foi concebido para lhes permitir alargar os seus conhecimentos sobre café e orientá-los de modo a proporcionarem experiências aromáticas únicas, além de um amplo leque de combinações com todos os alimentos e bebidas. A metodologia de degustação estruturada passa pelas sensações da visão, do olfacto, a finalizar no gosto que permite avaliar o sabor amargo, a acidez e a persistência do café. A ideia nasceu para inspirar os chefs mais ousados e promete surpreender as cartas mais irreverentes dos restaurantes da cidade.
O chef que elogia a cidade
Longe de precisar de constar em alguma lista da década, o autor de um dos restaurantes mais desejados da capital, partilha as suas receitas de sempre, num livro apetecível que marca dez anos da carreira. Folheando as páginas cheias de sugestões sofisticadas mas sempre familiares, recordo na memória dos dias, o primeiro restaurante do Olivier no Castelo. O chef enaltece a capital há bem mais de dez anos e porque a cidade é contínua nascerá já em 2010, um novo conceito, que pela descrição tenho a certeza de que será mais um elogio a Lisboa.
17 dezembro 2009
coming soon
The musical Nine (probably another creation to feel amazling alive :-) tells the story of Guido Contini (Daniel Day-Lewis), a world famous film director as he confronts an epic mid-life crisis with both creative and personal problems. He must balance the many women of his life, including his wife (Marion Cotillard), his mistress (Penelope Cruz), his film star muse (Nicole Kidman), his confidant and costume designer (Judi Dench), an American fashion journalist (Kate Hudson), the whore from his youth (Fergie) and his mother (Sophia Loren).
watch it here.
PersonalTime 8 l Dezembro 2009
O mês é de festa e o tempo parece que fica ainda mais limitado à evolução da alma humana. E porque a PersonalTime nasceu a pensar no seu tempo mais puro, este mês sugerimos muitos serviços pensados para aliviar na quadra das luzes. Dois restaurantes que são o verdadeiro cartão-de-visita das emoções mais nobres das cidades de Lisboa e Porto, uma loja que veio para conquistar o mood mais desejado de sempre ou uma agenda cultural que o vai estender a dias mais claros. Ainda um espectáculo para os grandes protagonistas no mês da chegada do menino dourado e muito brilho no mês que se pretende iluminado.
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frame motion
não eramos os amigos de Alex, mas ontem as ruas de Lisboa assistiram a um grande momento de Natal. e é neste preciso segundo que reconheço mais uma vez o privilégio de conhecer seres humanos assim. o homem-luz, o viajante inconformista e a princesa que não precisa da palavra desculpa.
obrigada por existirem e por me darem um grande momento daquilo que penso ser o mês das luzes: um transcendente renascimento.
15 dezembro 2009
Fora de Série l Diário Económico
A cidade parece iluminar-se a partir do seu interior mais secreto, onde lateja um coração muito antigo. Lisboa transforma-se, assim, no lugar privilegiado para a invenção da escrita. Nesse lugar me movimento e me encontro, e nele me perco em travessias (…)
Foi na companhia deste pensamento de Al Berto, que tive o privilégio de escrever num escritório com vista sobre a cidade. Depois do sucesso do evento do ano passado - D. Pedro V está vivo - realizado também em Novembro, a segunda edição do evento, este ano com o nome de Príncipe Real Live, teve muito mais força e maior dimensão juntando-se à Rua D. Pedro V, a Praça do Príncipe Real, a Rua da Escola Politécnica e algumas artérias deste eixo principal. Durante quatro dias foram os muitos eventos, a música ao vivo, a ópera nas ruas e nas janelas dos prédios cor de gelado, as degustações, as exposições de arte, de design, de joalharia, de peças de autor, de moda, os workshops de danças argentinas, indianas ou mesmo de make-up e festas pela noite dentro em moradas improváveis, como aconteceu na agência de publicidade Uzina.
Promovida pelo Príncipe Real Project do Eastbanc, todas as lojas envolvidas estiveram abertas das dez da manhã às onze da noite e a animação foi constante. O meu escritório vivo numa das lojas mais exuberantes de Lisboa, o florista Em nome da Rosa, contou com a cumplicidade de parceiros que escolhi a dedo, para fazer o sonho acontecer. Os poemas mais cúmplices pendurados num candeeiro Ingo Mauer da Domo, uma secretária vintage da Arquiloja, sempre pela simplicidade luminosa de Mercedes Seco, a cadeira Charles & Ray Eames, Vitra da Paris-Sete, uma fulgurante caneta da Montblanc, uma vela de Fréseas da Diptique do Epicurista que acendeu também a sensibilidade dos dias, a companhia da marca que elogia as cidades, a inconfundível Nespresso e a bebida mais poético de sempre, o champagne Perrier Jouët. Ainda a BCBG Max Arzia, a Max & Co, o Rouge e a Sistemas Rafael, que sobre a transparência permitiu a partilha das palavras do poeta.
Em nome da experiência, não hesitei em nomear um excerto do texto “Lisboa, Regresso” de Al Berto, do livro “O Anjo Mudo”. Meu guia desde que me propus a partilhar e a escrever a minha cidade, o anjo, em silêncio, acompanha-me nas palavras mais inteiras. E por sedução ou esquecimento vejo-me por momentos a percorrer um caminho que me faz estar hoje a escrever estas palavras. E se os dias foram vividos e pensados intensamente, quase como um poema, passados quase quatro anos desde que cheguei a Lisboa, para recomeçar a linha mais pura da vida, a viagem ao passado confirma-me a perseverança.
Nos dias distantes, Amesterdão e Atenas deram-me outra visão de cidade, mais intacta e mais consciente do que poderia ser a minha Lisboa aos olhos do Mundo: e se escrevo quase que por acidente, acredito hoje que a morada que hoje habito é um lugar de paixão absoluta, onde o acaso não existe.
Nas horas em que troquei o meu andar flutuante – como o movimento silencioso das algas, o andar oceânico, pelo escritório privilegiado, o perfume da loja e a presença inconfundível do Maurício - que faz acontecer as montras mais originais da cidade – estendem-me à grandiosidade da entrega. As páginas da Lisboa partilhada nas paredes laterais da montra, os poemas suspensos, os livros mais elevados da minha biblioteca e a certeza de um Anjo Mudo conduziam-me ao cenário mais transcendental de todos: o privilégio de observar e recolher inspiração no movimento dos viajantes que passavam.
E na intensidade dos dias, tenho humildade suficiente para saber que não será possível partilhar todos os sentimentos elevados. Por momentos recordo as fotografias de Robert Doisneau e as deliciosas reacções à exibição de uma pele nua feminina, na montra de uma loja de onde fotografava. Confirmo o feminino, mas quanto à nudez, apenas o da despoluição das imagens que hoje guardo na memória, como um tesouro.
As reacções surpreendentes, os sorrisos tristes, os sonhadores de sorriso rasgado, os viajantes que voltavam atrás, os que paravam para contemplar, os que absorviam os poemas de Al Berto, os que se orgulhavam da nossa cidade, os que se colavam à montra e tinham coragem para alcançar mais do que apenas um sorriso ou um olhar. As crianças perdidas que colavam as mãos na parede transparente, os homens que se reconciliavam com os amigos perdidos, ou os que no regresso a Lisboa voltavam mais um dia, para ousar descobrir uma cidade na ponta dos dedos.
No cenário, um fantasma que inundava as ruas de ópera e destino, com a certeza de que há homens com quem se pode aprender aquilo que dentro de nós existe e não sabíamos. E no registo dos dias claros, todos os que seguiam o movimento deslocavam-se como se fossem sombras, e no coração, sempre, a euforia de quem viaja.
Na viagem da memória emocionei-me várias vezes por ver Lisboa acontecer nestes últimos anos. E abraçando todos os dias a missão de a enaltecer, abraço de novo as palavras de um poeta que escreveu o viajante sem sono: sobre os enigmas singulares, a claridade que juro conservar, a beleza de que levarei anos a esquecer alguém que apenas nos olhou.
No cenário de uma capital imaginada, quantos seriam os viajantes que perseguiriam a luminosidade? Na continuidade que uma cidade visível que será sempre feita de pessoas, o desejo livre de uma Lisboa europeia cada vez mais brilhante, onde cada um fará a diferença. E a ousadia de ultrapassar a palavra futuro, num dia que deverá ser sempre mais, do que mais um dia.
Por isso na senda mais profunda do que nos move, as palavras mais certas: e se nos calássemos está tudo por acontecer.
Sancha Trindade fundou a criarte inspirada num poema de Alexandre O’Neill com a frase criar-te a ti português saudosista que morres na miséria de uma noite gerada por um dia igual. Escreve várias colunas sobre a cidade: “A cidade na ponta dos dedos” para a Revista Única do Expresso, “Pelas ruas da cidade” na GQ, “A minha Lisboa” no Lisbon Golden Guide, edita a newsletter de luxo da PersonalTime e no elogio a Lisboa é ainda autora de um blog www.lisboanapontadosdedos.blogspot.com.
publicado a 12 de Dezembro na revista Fora de Série do Diário Ecomómico.
human breathing
Ontem tive muitas saudades do Chiado antigo. Saudades de quando descia as calçadas viajantes, de mão dada à minha Mãe e me deslumbrava com os lanches na Caravela, as bolachas de Framboesa da pastelaria Ferrari, os frascos de vidro transparente da Casa Batalha e ainda da perfumaria da Moda, talvez a loja mais bonita que conheci na vida, a seguir a Santa Maria Novella em Florença.
Mas tive ainda mais saudades da loja de brinquedos Benard, onde tantas vezes me estendia ao sonho com o meu irmão alfarrabista e onde hoje está a Pareil au Même.
A verdade também é transparente: o mês de Dezembro eleva-nos a um sentimento entre a serenidade e nostalgia. Mas a saudade dessa loja de brinquedos resgatou-me a memória, porque a busca dos Sete Anões me obrigou a ir a uma loja de brinquedos num grande centro comercial na Luz (de luminosidade não tem nada).
Os que já me conhecem sabem que jamais perdoarei o que a Sonae fez ao comércio de rua e ao comércio tradicional deste país. E sim, jamais perdoarei o facto de embrutecer as massas de uma terra que não tem sequer clima, para tanto investimento em betão e superfícies fechadas.
A ternura que tenho pela minha sobrinha Constança merece tudo, a memória da Branca de Neve também. E na busca do sonho, nem as duas hora de mentalização me ajudaram: regressei à beleza da cidade com a alma esmagada.
Talvez pela energia pesada, talvez pela distância da luz do dia, talvez pela saudade do vento que me desafia a pele ou talvez pelo testemunho da "mortificação do ser humano". E viver esta experiência de escuridão sem a ajuda do meu ipod (and I miss him so much) e não ter fuga para me separar da morada contaminada.
A falta de ar estava no limite e no regresso não havia outra opção: rasgar o eixo Norte Sul com as duas janelas abertas com o fulgor dos 7 graus que pulsavam lá fora, subir sem folgo todos os degraus do Atlântico e porque há sempre salvação nas maiores tristezas do Mundo, a rendição nos braços do Cristo, com a composição de John Williams e o violino de Itzhak Perlman.
13 dezembro 2009
dreaming high
talvez sejam os trinta dias mais intensos do ano. talvez seja o tempo mais extenso daquilo que somos. ou talvez sejam os dias em que na alegria e no sofrimento nos rendemos apenas às verdades mais puras. e num mês em que observo um céu ainda maior, rendida ao agradecimento, o inesperado.
coloquei-o na parede dos poetas.
habitar a minha morada no testemunho de um cartaz original da obra prima não estava na senda do sonho.
and because I always believe in magic,
I'll continue dreaming high.
sobre o esquecimento
E entregando-te também de mãos abertas todas as minhas palavras inteiras, queria que soubesses que a ausência do tempo não distinguem os nossos dias distantes.
Sobre o riso, sobre o esquecimento, ou sobre uma pátria onde para sermos maiores muitas vezes no extendemos à loucura, confirmo a verdade mais pura: hoje e até ao fim dos dias, reconheço o privilégio da tua existência e agradeço a tua capacidade de na passagem das horas, alcançares sempre com uma beleza maior,
tudo aquilo que me move.
e talvez por isso
o reencontro se eleve sempre à imagem com que te descrevo,
o amigo do abraço largo.
(fico à espera da tertúlia)
a bigger stage
Nos dias distantes em que habitava a antiga Batávia, ainda me lembro quando te disse, Catarina, que se não tivesse tido a loucura e a criatividade para imaginar a criarte, teria gostado de ter tido a genialidade de fazer acontecer a tua Vida Portuguesa.
Catarina Portas, Retailer, Portugal. While multinational chains pour into Portugal every year to promote new products, independent retailer Catarina Portas plays the contrarian. In 2006, the 40-year-old journalist turned shopkeeper opened A Vida Portuguesa, a Lisbon store that sells forgotten brands from the country’s past. The idea came to her while she was doing research for a book on 20th-century daily life in Portugal. “When I started to look at historic brands, I noticed how quickly they were vanishing,” she says. Part social anthropologist, part businesswoman, she scours factories and workshops to stock up on ceramics, foodstuffs and toiletries once commonplace on store shelves. continue a ler aqui.
Hoje resta-me agradecer-te tudo o que tens feito pela marca Portugal e concordo deliciosamente com a Monocle quando escreve que mereces um palco maior. Cá continuarei atenta a ver acontecer a minha cidade, também através do teu rasgo onde os sonhos se elevam sempre na mais serena grandiosidade.
11 dezembro 2009
criarte l o regresso
Para mergulhar na criarte entre aqui e aqui. (já passou algum tempo, adoro observar evoluções). :-)
A criarte é uma marca de design cultural, concebe mensagens com citações de Autores Portugueses, produzidas em Portugal em edições limitadas. Inspirada numa frase de Alexandre O'Neill, "criar-te a ti português saudosista que vives da miséria de uma noite gerada por um dia igual", a sua principal missão é divulgar Portugal e o valor da língua Portuguesa. A criarte pretende devolver aos amantes de Portugal e do Mundo a entrega do amor que trazemos nas mãos, a entrega do melhor daquilo que somos, enquanto pássaros que esperam o grito da liberdade da cidade longínqua.
Desde 2009 a criarte uniu-se à Arquivo (representante dos moleskines em Portugal), para partilhar o encanto pela poesia e o futuro da alma portuguesa. Respeitando a alma criarte, a Arquivo assumiu o desenvolvimento deste projecto, nomeadamente com a apresentação de novas edições. Com o projecto criarte, a Arquivo dá uma dimensão nacional a esta forma de estar, incorporando a marca na sua actividade de distribuição. Até agora importadora e distribuidora de marcas de prestígio produzidas no estrangeiro, com destaque para os blocos de notas e agendas Moleskine, a Arquivo transforma-se ela própria em produtora e editora. Sancha Trindade continua a ser a alma e a mentora da criarte.
Não seria inteira se não confessasse que no dia em libertei a criarte parte de mim duvidava se estaria a dar o passo certo. Mas quem me conhece sabe que raramente me arrependo quando me atiro de uma ponte, porque analiso e demoro tempo a apreender a dobrar o pára-quedas. Adoro riscos e saber libertar um filho foi um enorme exercício de ambição para uma marca que criei em 2003, a partir da minha sombra, por um imenso amor a Portugal e ao valor da nossa língua, e um exercício de confiança nas escolhas e nas opções que me têm construído o caminho mais claro.
Hoje partilho a alegria de ter escolhido a Arquivo, representante da Moleskine em Portugal para continuar a espalhar a criarte pelo Mundo. Acabada de ser lançada a primeira peça da nova vida da criarte, com a epígrafe de Álvaro de Campos - tenho em mim todos os sonhos do mundo - a nova segunda pele reflete o que eu sempre quis e o que a Arquivo pretende fazer com a marca, leva-la aos quatro cantos do Mundo. A nova segunda pele da criarte existe em preto e em verde-água e nesta versão aquática, a minha alegria extende-se ainda mais pela genialidade da série numerada e limitada (200 unidades).
Na verdade mais pura criei este projecto de raiz, e no coração mais ambicioso sempre transportei todos sonhos do Mundo. Obrigada a todos o que viram crescer e alimentaram a criarte, em especial ao João Rodrigo Santos ao Filipe Anacoreta Correia, à Joana Oom de Sousa que foram fundamentais na fusão da marca e à Arquivo que desde sempre percebeu a grandiosidade e enorme beleza da criarte, um projecto que sempre teve a missão de devolver a auto-estima a Portugal.
Explore a criarte aqui e encontre os pontos de venda aqui.
miss greece
Transversal e cada vez mais cidade do Mundo, em Lisboa tenho matado (em parte) saudades da melhor entrada grega no Café Royal no Chiado. Ao fim de quatro anos à procura do grande segredo de como fazer tzatziki, foi em Lisboa que ontem a jantar com uma grega e uma chinesa (adoro oxigenar o cérebro na minha cidade) que alcançava o grande segredo. A experimentar em breve no andar Atlântico.
10 dezembro 2009
as asas do desejo
A Le Cool avisa-me sempre. :-)
Próxima segunda-feira, dia 14, às 22h na Cinemateca. É obrigatório.
Os anjos vivem entre nós. Aliás, têm estado a vaguear pela terra desde o princípio da criação, ainda antes da humanidade existir. Eles conhecem a História. Vamos encontrá-los na Berlim dos anos 80, uma cidade ainda dividida pelo muro, ainda a viver os traumas da Segunda Guerra. Ao mesmo tempo, uma cidade em reconstrução, que se quer re-erguer das cinzas, que recebe grandes produções cinematográficas, onde Nick Cave já dava concertos. Estes anjos são espectadores privilegiados da vida. São imortais. Conseguem ouvir o pensamento das pessoas com quem se cruzam. Um sonho, para muitos de nós. Mas vivem num mundo a preto e branco. São sentidos, mas não sentem. Levanta-se a questão – o que é melhor? Conhecer todos os momentos da eternidade ou viver a eternidade alguns momentos?
the city that rarely yawns
If New York is the city that never sleeps,
Lisbon is the city that rarely yawns.
Arriving in a new European city is exhilarating at any time of day, but I have always been more intrigued by the first nightfall.
Dusk, to be precise. It's that time - as the sun descends and the shadows of buildings inch forward ominously - when you take one last squint at your guidebook and think, "Is it going to be the hotel bar or the great unknown?"
continue a ler o artigo do Los Angeles Times aqui.
09 dezembro 2009
A cidade na ponta dos dedos l Abram-se as portas
Por trás de uma porta que não passa despercebida, o chá mais sonhador do Chiado. Ainda uma loja que promete elevar a imaginação e um tapete que promete aquecer as casas mais irreverentes da cidade.
follow the rainbow lV
© Filipe Enes
noites hão-de chegar, semeadas de púrpuros astros, de magias - e do fundo da terra onde vivo erguer-se-á uma neblina perfumada que diluirá o teu corpo sólido ao meu etéreo corpo. Juntos ascenderão ao estonteante canto da madrugada, até que um carvão se incendeie de novo no olhar - e nos ilumine, mais um dia.
07 dezembro 2009
voice lesson
é para repensarmos a luz
que precisamos de tantos quartos escuros.
nesses dias distantes, não me apercebia da imensidão por trás da linha de água. e num dia inundado de luminosidade, apenas a consistência mais pura.
nothing less than star walking.
que precisamos de tantos quartos escuros.
nesses dias distantes, não me apercebia da imensidão por trás da linha de água. e num dia inundado de luminosidade, apenas a consistência mais pura.
nothing less than star walking.
santos design district
a celebrar o 4ª aniversário, o ano o Santos Design District vai voltar a animar as ruas da cidade.
Nesta edição, aos associados a que já nos habituámos nos eventos anteriores, juntam-se agora novas lojas, ateliers e novos espaços culturais. Participarão neste evento: Alkantara Associação Cultural, Astella Melu, Branco sobre Branco, Cool Design, Domo, Drago Capital, Estado Líquido, Flor, Floris, Frade dos Mares, Gaggenau, Galeria Reverso, Gandia Blasco, La Hora Española, Loja do Banho, Mood, Nogo, O Epicurista, O Mundo de Sofia, Paris-sete, Purpurina, Rentagallery 24, Rentagallery Now, Santos da Casa e Steinwall.
Para além da animação de cada loja, serão partilhadas castanhas assadas e vinho Defesa, numa tarde dourada de Outono.
Terça-feira feriado, dia 8 de Dezembro das 11h às 21h, em Santos.
06 dezembro 2009
na senda dos livros perdidos II
abriu mais um templo sagrado em Lisboa. A Assírio & Alvim que nos tem habituado a livrarias móveis no Chiado (a última na actual Marc Jacobs) voltou a abrir, desta vez no páteo por trás da Nespresso. Todos os dias das 12h às 19h.
heart bit
Hoje, enquanto me perdia pelo bairro elevado da capital, reconheci que o indesejado consumismo do mês das luzes faz acontecer uma movida que ao Domingo é sempre tão rara. E na observação mais pura da minha cidade e enquanto me libertava debaixo da chuva, na companhia do romance de Shostakovich apercebi-me que sobre este post há salvação.
Ao contrário da cidade contínua, esta ideia da Câmara de Lisboa foi elevada e afinal este Natal, o coração pode ter a cor que desejarmos. Basta estendermos a mão.
04 dezembro 2009
follow the rainbow III
© Filipe Enes
e da treva ergue-se uma mão de luz,
avança,
e dum gesto irrompe aquilo que não sabemos ainda nomear.
03 dezembro 2009
del fado a lo 'fashion'
Apetece dar la espalda a la globalización del shopping europeo y buscar espacios alternativos y originales en ciudades emergentes como Lisboa. La capital portuguesa se está reinventando, y lo está haciendo muy bien. Ha añadido charol y vinilo a las calles del Barrio Alto, convirtiéndolo en un espacio para captadores de tendencias de toda Europa; y ha impulsado a sus artistas jóvenes, abriéndoles galerías y museos donde exponer sus creaciones.
continue a ler o artigo do El País aqui.
02 dezembro 2009
follow the rainbow I
© Filipe Enes
à procura das fadas, dos gnomos, dos duendes, dos elfos, dos saltimbancos, dos centauros e dos guerreiros,
apenas um destino,
um encontro sublime num dos subterrâneos da cidade.
01 dezembro 2009
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