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30 junho 2011

Vogue l Saída de Emergência l receber de mãos abertas





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28 junho 2011

24 junho 2011

22 junho 2011

eu conheço o teu canto



não. jamais poderia colocar nesta morada o som que a Leica registou. a morada cénica, a imortalidade do claustro, a presença das gaivotas de veludo, que me libertavam de novo a um caminho que apenas se vive em frente.

o homem. (a verdade da distância mas também) a prensença e a entrega de um homem 'com quem aprendi a ver aquilo que dentro de nós existe e não sabia'. a beleza do sagrado, o toque puro do divino numa noite que nada mais me retém, senão no abraço do previlégio.

as palavras abrem portas
e nelas toco com 'o poder ainda puro das tuas mãos
um caminho que passa e não passa por aqui'.

o tempo é uma palavra de mãos abertas e por isso te peço que o uses para me contares dos lugares por onde viajaste e foste feliz, muito feliz.´

conta-me, eu sei quanto amaste a luz, o vento, o sal nas pontas dos dedos, o muito silêncio que trazia a madrugada. senta-te aqui comigo e dá-me a única coisa que não perderemos e que é a penumbra, o veludo e o sol que habitam essa voz que conheço como um rio e à qual regresso.
eu escuto, conta-me o que emudeceu a tua alma, o que a fez transbordar, o que abandonaste, o que guardaste contigo.
conta-me, abre devagar a porta. eu espero. eu conheço o teu canto.


hoje
da minha janela alcanço todo o azul do Mediterrâneo que me foi dado. é um azul de barcos, gaivotas de asas abertas, cheiro de pinheiros e cigarras no silêncio do anoitecer. é um azul cálido, de ondas ocultas, canções antigas, encontros e desencontros de amor.
se nos calarmos, veremos emudecer o mundo.


e então seremos apenas o essencial.

17 junho 2011

mais um Wallpeople Lisboa



dia 2 de Julho das 17h às 19h. explorem aqui, aqui e aqui

arraiais ao rubro



sempre adorei bailinhos e arraiais mas não é todos os dias que se conhece o Roberto Leal. no meu lado mais vernáculo é um espanto ver a minha cidade acontecer em forma de alegria contagiante num dos mais bonitos jardins do Principe Real. a culpa é de um senhor que há muito tem a partilha como estandarte de vida, recebe como niguém (deu direito a pipoca, fartura e sardinha e imagine-se ao tão sonhado algodão doce) e tem um sorriso do tamanho do mundo. hajam mais lisboetas assim. miss Lisboa agradece.

Vogue l Saída de Emergência l No limbo da genialidade




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16 junho 2011

se faz favor de não perder



um dos estandartes das Festas de Lisboa.
Rui de Luna, uma referência da música clássica e uma das grandes vozes mozartianas da atualidade, apresenta o seu novo projeto ALMA LATINA, uma viagem muito especial pelo mundo da música lírico/popular de cariz latino, num espetáculo nos fabulosos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, no dia 21 de Junho às 21h30.

Partindo de um original projeto, este concerto, único, vai enriquecer este lugar mágico, cruzando uma magnífica voz de barítono com a sonoridade da guitarra portuguesa. No espetáculo vai ser dada alma ao património musical latino, com especial destaque para as Canções Napolitanas, os Tangos de Carlos Gardel e de Piazzolla, passando por uma merecida homenagem aos artistas nacionais, tais como Tomaz Alcaide, Alexandre Rey Colaço, Amélia Muge, Luís Tinoco, e Xutos e Pontapés, entre outros.

Esta viagem musical terá como suporte o ensemble Alma Latina, constituído por sete destacados músicos do panorama nacional e internacional, com origens e experiência em áreas musicais tão diversas como o fado, o jazz, o tango ou a música clássica. No espetáculo e na digressão que se seguirá serão dirigidos pelo pianista Hélder Godinho, com a participação especial do argentino Ramón Maschio.

E porque a Alma Latina também é feminina, o concerto conta com a participação especial da fadista Mafalda Arnauth, em dueto com Rui de Luna, e da atriz Sofia Aparício que dará voz a obras de poetas portugueses.

Compre aqui.



um dos temas a ser tocado dia 21 de Junho nos Jerónimos. Ramon Maschio na direcção dos Tangos Argentinos, Libertango de Astor Piazzolla.

15 junho 2011

alfaite lisboeta em chinês, sim em chinês



'solta o cabelo e olha mais longe', disseste-me.

assim como quem te observa de perto no orgulho ferido dos que ainda não reparam em ti como mereces, ou num espaço imenso onde te vejo abrir as asas.

vejam a nova versão do Alfaiate Lisboeta aqui.

14 junho 2011

A cidade na ponta dos dedos l o verão em estado líquido




Na chegada do tempo quente, pontos de encontro com o chá na baixa do Porto, um esconderijo de gelados em Lisboa e uma bebida iluminada.

Muito mais que a hora do chá
Abriu em forma de salão de chá mas também serve almoços e jantares no final da semana. Com assinatura de Paulo Lobo, o design dos interiores suaves é destacado pela irreverente biblioteca com lombadas ao contrário e pelos enormes blocos suspensos no fundo da sala para as crianças desenharem à vontade. Nas sugestões da casa existem sempre dois pratos quentes que passam pelo peixe, carne ou vegetariano, sandes e saladas. Para o lanche não falta o homenageado chá quente ou gelado (também com uma opção de takeaway ao estilo de copo americano), scones e bolos caseiros. É ainda possível comprar infusões ou tisanas ao quilo ou bolachas artesanais de gengibre, laranja, alfazema ou alecrim. Ao domingo abre para brunch.
Tea Point
Largo de São Domingos, 78 Porto
Tel. 22 093 4077
Seg a Qui das 12h – 19h
Sex e Sáb 12h – 00h
Dom 12h30 – 16h30

Aqui há gelados com coração líquido
Tem sido um segredo bem guardado e se ainda não deu por ele, não deixe de saborear os gelados no Secret Sensations Lounge. Entre o Príncipe Real e o Bairro Alto goze o ultimo fim de semana da esplanada com direito a redes e uma piscina de almofadões com vista sobre o rio, num cenário de música e projeção de imagens ao ar livre. A ideia foi da Häagen-Dazs que decidiu mimar Lisboa no lançamento dos sabores ‘crème brûlée’ com pequenos e crocantes pedaços de caramelo e o ‘chocolat fondant’ com pequenos e delicados pedaços de biscoito de chocolate, ambos com corações de caramelo e chocolate líquido respectivamente. Há ainda direito a cafés e chás, batidos e cocktails originais feitos com gelado.
Secret Sensations Lounge
Jardim do Palácio Braamcamp,
Pátio do Tijolo, 25, Lisboa
Sáb e Dom 15h – 23h

A primeira Bebida cosmética no mundo
A Sunlover tem zero calorias há quem lhe chame a primeira bebida cosmética do mundo. Não apenas refrescante e saudável, promete também revolucionar a luminosidade da pele. Com a função de vitaminar e hidratar também combate o stress oxidativo e as rugas. Mas há mais, acelera o bronzeado com a garantia de intensidade, uniformidade e longa duração e tem ainda a propriedade de reduzir os danos da poluição do fumo e do tabaco.
Sunlover
Fontana Parque Hotel
Rua Eng. Vieira da Silva, 2 Lisboa
Tel. 210 410 600
www.fontanaparkhotel.com
Forte de São João
Avenida Brasil
4480 Vila do Conde
Tel. 252 240 600
www.forte.com.pt
P.V.P recomendado € 1,90

09 junho 2011

Vogue l Saída de Emergência l No elogio da Atlanticidade




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07 junho 2011

GQ l o homem que mudou o Porto


O marcante percurso de Paulo Lobo conta já com vinte cinco anos de carreira e é com certeza também à sua assinatura que se deve a velocidade do bom crescimento de muitos dos espaços de lazer do Porto. A ele se devem muitos dos interiores extraordinários de restaurantes como o Buhle – aclamado pela revista Wallpapper – o Shis ou o Cafeina. Ainda o Porto Palácio Hotel, o recente bar Twin’s na Baixa, o Faz Gostos ou o recém inaugurado Solar do Vinho do Porto em Lisboa.



O céu rasgava-se a tons de cinzento e azul sustentado pela beleza da Alfandega do Porto. Mesmo em frente ao edifício com o mesmo nome e que receberia o Portugal Fashion nesses dias, Paulo Lobo recebeu-me no seu novo atelier. O chão move-me os passos sobre as pedras da rua e toco à campainha. A porta abre-se sobre as arcadas e descubro a imensidão do antigo armazém de químicos que Paulo Lobo recuperou em imaculados tons de branco. Os tijolos de alvenaria postos a salvo mantêm o pulsar do edifício e nesta grande entrada somos captados pelo espaço vazio mas que nos convida a um outro mundo, onde todas as formas terão liberdade para se desenvolverem sem mácula. Uma parede de toros de madeira do lado direito contrastam com a pureza do espaço e se numa primeira impressão poderíamos imaginar uma sensação de frio, os troncos terão o seu fim destinado à lareira da sala de estar do primeiro andar, onde Paulo Lobo tanto gosta de estar sempre que pode entregar-se aos seus momentos mais serenos.
As escadas conduzem-me à sala de estar. Um canapé de artesanato urbano tailandês salta à vista na imensidão do branco. Em folhas de ananás de várias cores o canapé pelas suas formas e explosões de cores enche o espaço que contrasta com os candeeiros Royal da marca espanhola Dad, que já fazem parte da assinatura do designer. Um espelho, uma poltrona um sofá e um candeeiro da holandesa Moooi cobrem o espaço de peças únicas, singulares.
Paulo Lobo recebe-me com a simplicidade discreta que define a sua personalidade e é na sua sagrada sala de reuniões que iniciamos a viagem aos seus vinte e cinco anos de carreira, folheando revistas que atravessam continentes e que em caracteres asiáticos falam bem do seu trabalho. A equipa projecta e trabalha numa sala forrada a livros e catálogos presentes na luz que chega da margem do rio.

Os telefones não param de tocar. Paulo Lobo foi convidado para tomar conta dos interiores do lindo edifício da Alfandega que inaugurará nessa noite o Portugal Fashion. Gruas espreitam às janelas para descarregar materiais para a grande noite. Continuamos a nossa conversa atravessando a rua. “A entrada é resistente até a Muammar Kadafi” confessa-me a rir enquanto me explica todo o conceito da entrada com muros de sacos de serapilheira. “Tínhamos pouco tempo e foi o possível para criar forte impacto a baixo custo”. O resultado é surpreendente e as luzes à noite iluminarão o mais importante evento de moda na cidade do Porto. Percorremos vários espaços até chegar à sala do primeiro andar que exibirá o desfile da dupla Alves Gonçalves nessa noite. O efeito é cénico. Simplicidade e materiais ligados à natureza constroem a boca de cena. Desta vez e por irreverência “irei sentar os VIP’s em sacos de serapilheira e darei as almofadas às filas comuns”. O mesmo irá acontecer na passerelle, que “será de madeira tal como as estruturas que cruzam os troncos ao alto”. Observo a equipa imensa de um lado para o outro e questiono sobre as horas que faltam para a inauguração. “Vai estar pronto, esta equipa trabalha bem”.

Numa manhã que se transforma em chamadas de Sol rasgamos agora as ruas do Porto até ao seu novo projeto, a Lobo Taste. No caminho Paulo vai partilhando a sua cidade, a qual defende que “é uma morada onde se sabe receber, sabe-se trabalhar e sabe-se fazer”. No Palácio das Artes - Fábrica de Talentos, num edifício histórico da Baixa um enorme selo de Paulo Lobo estampa o edifício. Em co-autoria com a sua mulher Paula, Paulo Lobo eleva o design português com produtos que além da sua assinatura nos transportam ao valor do artesanato português aplicado a formas minimalistas. Mais um bom exemplo do projeto humanidade, espalhados num edifício de dois pisos de pé direito muito alto e que transpira uma nova dimensão do nosso artesanato. Trazidos de todo o país, de Norte a Sul, nos produtos é possível ver os tradicionais cestos de palha agora com uma tampa metalizada. A coleção completa-se com chapéus de feltro e de palhinha, mantas, tabuleiros, candeeiros, jarras de vidro em vias de extinção da Marinha Grande, caixas de madeira, ou os famosos candeeiros de estante Bibliotek à espera de nova reedição, tal foi o sucesso que tiveram. Ainda há espaço para peças internacionais como o Wooden Rádio da Indonésia. “It takes 16 hours to create a fine rádio” que ajudam a população de Temaggung no centro de Java. Na sua companhia um candeeiro de leitura dinamarquês que respira a simplicidade de todo este projeto ao gosto de Paulo Lobo.

À hora de almoço atravessamos a rua. No largo de São Domingos espera-nos o seu mais recente projeto, o Tea Point, um ponto de encontro para o chá mas também para refeições do dia. Como filha de um alfarrabista a pergunta salta-me à vista: “porque estão a lombadas dos livros nas prateleiras ao contrário?” São estes pormenores, sempre inesperados e provocantes que constroem a assinatura de Paulo Lobo. A imagem reflecte-se num tom de marfim imaculado pelas folhas das páginas na curiosidade de procurar as lombadas escondidas, assim como nos enormes cadernos para as crianças desenharem e escreverem no fundo da sala. Há chá e scones mas há também sopa do dia, tarte de batata com chévre e salada e mousse de chocolate caseira. A trezentos quilómetros e a celebrar sessenta e cinco anos de existência, o Solar do Vinho do Porto, em Lisboa. Um azul forte abraçam os azulejos do século XVIII na sala de provas ou um verde inglês no salão principal foram as escolhas para fazer deste espaço à beira do Chiado também uma morada para encontro entre amigos.

Muita coisa inspira as criações de Paulo Lobo, “música, moda, craft e handmade, mas sobretudo a cidade”. No grande sentido de missão é urgente “renovar, actualizar, saber utilizar a mão-de-obra e as técnicas artesanais sem nunca descuidar a essência da alma original”. Talvez por isso se sinta fascinado com “a tranquilidade do Douro ou da Costa Alentejana”. Sobre os seus projetos “contidos, charmosos mas sempre provocantes” confessa-me que o “envolvimento é sempre emocionante, e há projetos perfeitos… quando o cliente é perfeito”. Os seus momentos mais puros vive-os em Paço no Norte de Portugal, enquanto os seus espaços de Lisboa e Porto, se inundam de pessoas que se encontram para testemunhar a imensidão prodigiosa da sua criatividade.



artigo Publicado na GQ de Julho 2011

06 junho 2011

descubra as diferenças



nos dias distantes do lançamento da Saída de Emergência no Príncipe Real Live, a surpresa com o envio de uma fotografia aquática. aos criativos que imortalizaram em formas líquidas a montra viva, o meu imenso obrigada.

apanhada pelo Diário de Lisboa



a Saída de Emergência foi apanhada aqui pelo Diário de Lisboa

02 junho 2011

Vogue l Saída de Emergência l Um Sushi fora da box




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