O Natal invade a cidade.
Depois de ter percorrido as ruas da Baixa Pombalina, e de ter recolhido as imagens do que fizeram este ano com a minha capital, registo as imagens pela ponta dos dedos. Sempre com a certeza que a simplicidade mais branca, será sempre uma vitória mais concisa na decoração da quadra, enalteço o elogio à simplicidade.
Partilho o meu olhar demorado na Avenida da Liberdade ou o efeito da torre da cidade luz, nas paredes da Praça mais bonita da Europa. Elogios e algumas críticas à parte, as luzes do mês Dezembro alcançam sempre uma dimensão mais profunda. Se os sorrisos das ruas portuguesas não são por norma rasgados, este ano o Natal teme uma atmosfera mais frágil.
Mas a luz natural, essa permanece na magia ou na dádiva da fama internacional. O privilégio é imenso. E se hoje confirmo que as minhas duas mãos não chegariam, para resgatar toda a dimensão da luz de Lisboa, num momento mais recolhido, agradeço uma cidade, que mesmo com o imenso por fazer, nos enaltece. Sempre.
Lisbon Golde Guide, Dezembro 2008