aqui ou
Para evitar mais um virar de costas da cidade ao rio, o Fórum Cidadania Lisboa e a Associação do Património e da População de Alfama debateram na passada 5ª feira, a construção do terminal de cruzeiros, em Santa Apolónia, uma obra da Administração do Porto de Lisboa. Com conclusão prevista para 2010, prevê-se a construção de um muro com seis metros de altura e cerca de 600 metros de comprimento.
Apesar de convidada, a APL não se fez representar no debate, o que me deixou bastante preocupada. A obra dispensa licenciamento camarário, por ser da responsabilidade da APL, entidade tutelada pelo Ministério das Obras Públicas, a qual tem jurisdição sobre a frente ribeirinha da cidade. O advogado José Miguel Júdice, que poderá vir a coordenar três sociedades para a reabilitação da frente Tejo, e o vereador dos espaços verdes da cidade, José de Sá Fernandes, asseguraram-nos a palavra “descanso” contra esta inacreditável parede, entre o bairro de Alfama e o Tejo. Como gata escaldada tenho receio de mais um balde de água fria, e não meus senhores, não dormirei descansada.
Concordo que Lisboa precisa de um porto e de um terminal de cruzeiros, a questão será “onde”. Nos cerca de 13 Km de Frente Tejo, não haverá um lugar menos prejudicial à vida dos que cá moram? Enquanto cidadã activa, penso ser urgente o governo colocar o projecto em discussão pública. É que antes de ser dos turistas, Lisboa é dos lisboetas e a energia de uma cidade está também nos sorrisos de quem a habita. Usando a boa expressão “matinal” de quem não dorme, se não formos nós a gostar da nossa cidade, quem gostará?
coluna de opinião publicada a 1 de Outubro no jornal Meia Hora
boa novidade e depois da data deste artigo aqui.
Olá Sancha,
ResponderEliminarÉ SEMPRE UM PRAZER ESCUTAR-TE (no caso ler-te, passo a expressao).
Estou aflito de trabalho, por isso vamos por pontos:
Jaques Le Gof, esse livro nao conheço. Li já há algum tempo (melhor nem pensar em quanto), um livro dele sobre as cidades e a idade média. Lembro-me que nao estava mal. Mas, ... o problema é que comprei há uns tempos as rifas todas do liberalismo e tenho (devo confessar) algum preconceito contra a mentalidade francófona. Obrigado, vou ver.
Evoluir, 4 anos e divórcio. Acho-te, sem te ver (mas, sei que nao mudarei de ideias quando te vir) uma mulher linda. Sim, claro que já foste uma menina (que continuas de algum modo a ser. É o que acontece com as princesas com educaçao de princesa. E, quanto a mim, BEM!) linda, também. Mas, esta Sancha, já nao é a outra. Sofreu, gozou, viveu, relativizou e para grande espanto meu divorciou-se. Os paradigmas clássicos, sao os paradigmas clássicos. E a nossa educaçao (de principes e de princesas), nao nos prepara de facto para a VIDA. Mas, ela é na voz da M. Bethania: ("eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso nao impede que eu repita:) é bonita, é bonita e é bonita". Há que ler TAMBÉM o WALTER RIZO. Depois me dirás. Os divórcios, alguns mais do que outros, sao sempre duros. A isso somamos uma pressao social SUJA e HIPÓCRITA. Isso sim que é duro, mas o que nao acaba connosco torna-nos mais fortes.
Convida-me para o Google.
Por último. Duas coisas tuas que nao esqueci. 1ª um encontro na Kapital (nas escadas da Kapital), com a Marta (nao sei se estava casado, para casar, é indiferente) em que houve um desabafo teu em relaçao a ela. Nao foi bonito, mas na nossa ingenuidade daquela altura nao deixava de ser verdade. (Este GG, também já nao é aquele GG ;-). Foi dito, compreendido, realtivizado e agora ultrapassado. 2.ª Na véspera do teu casamento (soubeste que tinha acabado de me separar) telefonaste-me e convidaste-me para a tua "boda". Esta 2ª "coisa", foi LINDA. Na altura como hoje. Mas, também na altura como hoje: obrigado. Esta "coisa" de facto nao só nao esqueci como de tempos a tempos me lembro de ela.
Beijinho grande e escreve sempre, muito ou pouco, mas sempre.
Guilherme