(Lisboa vista do Jardim Botânico)
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Se já partilhei por estas linhas o meu desejo de ver ainda em vida, o Terreiro do Paço como ele merece, partilho o segundo sonho de poder ir do Príncipe Real até à Avenida da Liberdade atravessando a exuberância do Jardim Botânico.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e o vereador do Urbanismo, Planeamento e Reabilitação Urbana, Manuel Salgado, anunciaram na passada semana os cinco primeiros classificados e respectivas propostas do Concurso de Ideias para a reabilitação do quarteirão de 15 hectares que engloba o Parque Mayer, a Praça da Alegria, o Jardim Botânico e os edifícios da antiga Escola Politécnica e zona envolvente.
As propostas de Aires Mateus e Associados em primeiro lugar, e os seguintes ARX Portugal Arquitectos, Vão Arquitectos Associados, Eduardo Souto Moura e Gonçalo Byrne Arquitectos foram as seleccionadas pela entrega dentro do prazo, além do bom pensamento ecológico, animação sociocultural e de qualidade arquitectónica, entre os 27 projectos apresentados ao concurso aberto pela CML em Novembro de 2007.
O atelier de Aires Mateus além de bibliotecas e livrarias especializadas em artes plásticas, audiovisuais e artes de palco, propôs ainda residências para artistas, escolas alternativas e espaços de exposição. O plano idealiza ainda a revitalização do museu da Faculdade de Ciências, bem como de vários percursos pedonais.
Sendo este um projecto bastante apetecível não vejo a hora de rasgar a cidade pelo jardim, tão desconhecido por tantos lisboetas e tão desejado pelos turistas que se perdem ao querer ter o mesmo sonho que eu.
coluna publicada a 7 de Março no Meia Hora
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