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29 julho 2008

O Senso e a Cidade l Sushi Garden


aqui página 6 ou

Ser empreendedor nunca foi fácil em Portugal. Confirmo a frase porque o sonho de ter a criarte, um projecto que divulga a língua portuguesa sempre foi um enorme desafio.

No que toca a Lisboa, numa das minhas explorações da cidade descubro o novo Fusion Sushi. A juntar à iniciativa do Santos Design District e do futuro projecto do Norman Foster, não tenho qualquer dúvida que esta será a futura zona trendy da capital.

É imperdoável que uma morada tão apetecível tenha demorado dois anos a nascer, apenas porque pelo arrasto das burocracias câmarias. Estamos numa Europa dinâmica e confesso que me deixa impaciente tamanha demora. Não apenas porque adoraria ter tido já dois anos de igualável sushi de fusão, mas porque prejudica a oferta da cidade.

Questiono-me o porquê do arrasto? Genes, cultura, burocracia, falta de organização ou braços sem vontade de construir, a verdade é que a cidade avança lentamente e isso deixa-nos atrás das tais Barcelona’s europeias.

Em frente ao exemplar Estado Líquido habita um jardim lindo e confesso que nunca o vivi porque nunca o achei convidativo. E não porque a flora não seja extraordinária, mas porque a fauna urbana assim mo exige.

Desafio então ao sólido império líquido, porque não um “sushi garden” no jardim de Santos? Por estas linhas já se imaginam as nocturnas lanternas nipónicas, em noites de Verão de brisa atlântica.

Mas será que Câmara Municipal de Lisboa terá estofo para os criativos e viajantes do mundo, que querem melhorar a nossa cidade? Ou saber esperar será um eterno fado, uma paciente arte em terras lusitanas?

publicado a 23 de Julho no jornal Meia Hora

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