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Sempre abraçado à genialidade das palavras, Miguel Esteves Cardoso escreve-nos no seu último livro que a vida come-se quando é boa, come-nos quando é má. E às vezes, quando menos esperamos,também comemos com ela. Ainda que em Portugal, antes de todas as coisas, está o tempo. Este tempo. Este que ninguém nos pode tirar e a que os povos com tempos piores chamam, à falta de melhor, clima. Viciada em sentimentos perseverantes, uma segunda pele de uma cor obrigatória e genial para dias de crise e um esforço compensatório, sempre com o objectivo de alcançar a mais elevada das vistas.
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