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25 novembro 2008

como a cor do Atlântico



Lisboa inundou-se de um azul lindo.
A irreverência deve-se à intenção de Eko Five, um graffiter que agarrou no projecto de arte pública do catalão Blai Mesa e da brasileira Verônica Volpato “Da Onda Magnética”. As intervenções aconteceram em 11 portas de edifícios devolutos e o registo partilhado encontra-se na praça do Príncipe Real.
Se o azul é questionante, a frase inscrita não deixa margem para dúvidas. E se hoje reinvento as palavras da língua portuguesa, mergulho na mensagem “iremos mais longe ao voltarmos às origens”. O caminho será sempre na direcção da palavra futura.
Na não perseverança de uma atmosfera de crise questiono-me sobre os erros da história ou no rasgo que confirmaram os portugueses de outro tempo como pioneiros da globalização.
Se o voltar às origens fosse nunca perder o alcance visionário e construir uma cidade única no mundo, Lisboa seria com certeza mais luminosa.
É que as capitais distintas fazem-se com uma imensa vontade e a distinção estará na irreverência realista da concretização dessa ambição. De preferência verdadeira e persistente, como a cor do Atlântico.
Lisbon Golde Guide, Novembro 2008

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