mais um tropeção na Fnac. desta vez (finalmente encontrei) o documentário Manuel Hermínio Monteiro de André Godinho. uma hora de testemunhos do seu amor e muitos amigos, sobre um ser humano que elevou a poesia e a quem dediquei a primeira colecção da criarte.
'o nome de um pássaro' como lhe chamou o Tolentino, o 'princípe' de Cesariny ou o 'perfeito incendiário' de Alfredo Saramago. a memória permanece nas folhas das árvores.
e se é verdade que a imagem de Manuel Hermínio Monteiro ainda procura o coração de José Agostinho Baptista, a viagem da poesia confirma que os livros sempre foram 'editados pelo prazer e não pelos patacos'. sempre defendi este segredo, quando o objectivo do dinheiro é diluído na paixão o caminho é mais limpo.
ainda tive o privilégio de um dia jantar na mesma mesa de m.h.m. e por na altura não ser a balsaquiana que hoje sou limitei-me (infelizmente) à distância do sorriso. mais tarde e para pedir os direitos para o lançamento da criarte encontrei-me com a sua companheira de vida Manuela Correia que me disse que o Cesariny abria sempre os braços nas viagens que faziam juntos. agradeço a coincidência.
no poder de 'retirar a ansiedade do tempo', a presença da ligação sagrada à natureza e a unidade do universo onde o ser humano também habita. assim simples e sublime, como se 'o tempo em que te espero me desse toda a dignidade do mundo'.
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