'O excesso e a rapidez de informação, de comunicação, da mudez e surdez, que determinam em muitos casos a insegurança, o isolamento e a solidão modernas, alimentados pelo vício recente da navegação no ciber-espaço, estimulados também pela vivência e o stress, principalmente de quem vive nas cidades, que se agravam por uma melancolia geral instalada pela presente crise económica e financeira que vivemos no presente, conduzem-nos a estados românticos de eleição e de memória de lugares ou seres distantes e terapêuticos, em certos casos muito próximos, apaziguadores e aprazíveis, mas muitas vezes impossíveis de alcançar no momento, muitas vezes só presentes na memória, mas de forma confusa e residual. As imagens e mesmo o espírito surgem desta forma sinestésicos, entre a pulsação acelerada do ruído e da poluição da informação visual e verbal do presente que se confronta e acelera a memória desses lugares-tempos-paraísos distantes, como paisagens campestres, bosques, ou determinados valores, lugares, espaços, pessoas, geografias e mapas que nos estão no íntimo e no espírito mais próximos, mas muitas vezes distantes e interditos.
O resultado é esta sinestesia imagética e vivencial, resultantes de um certo cepticismo e descrédito e por momentos de uma certa anti-esperança, transportando-nos ao cansaço do quotidiano e também ao cansaço físico e cerebral, alimentados também pela constante negação na navegação do estado presente, também agravados pela instabilidade política. Estas arbitrariedades constantes e presentes mais nos fazem avivar a memória de lugares e momentos apetecíveis mas distantes, de outras recordações variadas, extraídas da memória, das nossas vivências, que vão desde fragmentos de simples filmes cinematográficos a registos mais personalizados, muitas vezes proibitivos e prisioneiros em sí próprios, por vezes muito próximos, não apenas na nossa memória, mas também na nossa geografia. O desgaste e o choque mental e do espírito, num confronto e luta constante entre o desejo de um mundo melhor e o stress ou as contrariedades do presente, levam-nos assim a um estado de sonolência provocado pelo cansaço acumulado, mas também nos acorda para o sonho e o desejo, por vezes do desconhecido, ou da presença de pessoas, ou de entes próximos, fazendo-nos ao mesmo tempo acordar, mergulhar e sonhar com determinadas imagens e formas de paisagens ou lugares distantes, edílicos, de lugares libertinos convidativos, de uma espécie de floresta dos sonhos, mas que muitas vezes nos são, no momento e não só, como se disse, proibidos e interditos. Os referentes imagéticos, provenientes de diversas fontes e origens, surgem assim inevitavelmente manipulados no espírito e na forma, em imagens sinestésicas onde se sobrepôem inevitáveis interferências'.
mais aqui e aqui.
O resultado é esta sinestesia imagética e vivencial, resultantes de um certo cepticismo e descrédito e por momentos de uma certa anti-esperança, transportando-nos ao cansaço do quotidiano e também ao cansaço físico e cerebral, alimentados também pela constante negação na navegação do estado presente, também agravados pela instabilidade política. Estas arbitrariedades constantes e presentes mais nos fazem avivar a memória de lugares e momentos apetecíveis mas distantes, de outras recordações variadas, extraídas da memória, das nossas vivências, que vão desde fragmentos de simples filmes cinematográficos a registos mais personalizados, muitas vezes proibitivos e prisioneiros em sí próprios, por vezes muito próximos, não apenas na nossa memória, mas também na nossa geografia. O desgaste e o choque mental e do espírito, num confronto e luta constante entre o desejo de um mundo melhor e o stress ou as contrariedades do presente, levam-nos assim a um estado de sonolência provocado pelo cansaço acumulado, mas também nos acorda para o sonho e o desejo, por vezes do desconhecido, ou da presença de pessoas, ou de entes próximos, fazendo-nos ao mesmo tempo acordar, mergulhar e sonhar com determinadas imagens e formas de paisagens ou lugares distantes, edílicos, de lugares libertinos convidativos, de uma espécie de floresta dos sonhos, mas que muitas vezes nos são, no momento e não só, como se disse, proibidos e interditos. Os referentes imagéticos, provenientes de diversas fontes e origens, surgem assim inevitavelmente manipulados no espírito e na forma, em imagens sinestésicas onde se sobrepôem inevitáveis interferências'.
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