ainda sobre viver em Lisboa como se vivesse noutro século chegam-me as palavras do cronista. e deito todos os espelhos fora do andar atlântico quando me espanto com as palavras. calhou em sorte sentar-me ao lado de uma portuguesa com cabelos tão negros e longos como num retrato a óleo de uma aristocrata andaluza. Ela olhava para os homens no palco, que batiam palmas e cantavam com um empenho de faca na mão e sangue apaixonado. Ela admirava os bailarinos tão elegantes como poderosos sempre que os tacões batiam na madeira. Ela disse: 'Esta voz ressuscita um morto'. Tinha razão.
17 setembro 2010
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