14 março 2012
para outros a salvação
ando a seguir as histórias da crise do publico e hoje resolvi partilhar uma que me tocou especialmente. fala do luxo dos livros.
retenho-me por momentos na importância da cultura para a sanidade mental de um povo, que tal como a importância da respiração, oxigena o cérebro e alonga os horizontes da mente.
nos cortes que também eu fiz na minha vida pessoal, os livros não se trocam. dêem-me empadão em vez do lombo, mas deixar de ter acesso páginas soltas, deixado no legado do meu Pai como templos sagrados, não.
a importância dos amigos silenciosos nas nossas vidas e o estimulo e partilha de vida pela beleza das palavras escritas... são importantes para 'a saúde de uma sociedade'. o Pai da família Lourenço já não vai à Fnac, por isso deixo a sugestão de passar a frequentar os alfarrabistas da cidade. (a memória do meu Pai habita hoje no meu irmão Bernardo, no 44 da Rua do Alecrim na imagem deste post).
hoje que faz um ano da da sua partida, tenho pensado muito no que ele me deixou enquanto ser humano. nunca me deu a mim e aos meus irmãos nada de mão beijada e hoje agradeço-lhe muito a oportunidade de construir tudo o que tenho, por mim, com o meu trabalho e com o alcançar dos meus sonhos. agradeço-lhe também a educação que me deu e a oportunidade que me foi dada, de quem mais importantes que objetos ou valores, as ferramentas e a conduta de vida perseverante perante todas as adversidades que ultrapassou.
talvez por isso seja chamada de louca quando amo esta cidade sem lamurias e digo gostar desta crise, a crise que afinal aparece sustentada numa crise de valores, numa crise que se mostra - e ainda bem - a única maneira de resgatar um mundo que se perdia em consumo desenfreado. muito duro para alguns infelizmente, para outros a salvação.
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eu sei quanto tempo duram as frésias
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muito, muito bom, descobri o blogue e adoro. e gosto de tudo o que aqui se escreve e adoro as fotos e volto sempre que posso.
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