sss



11 abril 2012

centros comercias, não obrigada






































Mais de trinta anos separam estas duas imagens. Na mesma rua, a do Alecrim, onde estendia as tarde passadas em brincadeiras pelas ruas do Chiado. Por isso olho com ternura para uma das minhas sobrinhas à porta do legado do Alfarrabista do meu Pai, as quais nunca levo a centro comerciais, faça chuva ou faça sol.

Quando li hoje esta notícia agradeci aos céus. Com o nosso clima os centros comerciais são uma afronta, não apenas ao dinheiro que Portugal não tem, mas como apelo compulsivo ao consumo. Felizmente a humanidade está a mudar e estamos todos, uns por opção, outros à força, a consumir apenas o mais essencial.

Lembro-me também dos meus três anos em Amesterdão onde era normal pedalar à chuva e que ao mínimo raio de sol via os meus vizinhos montar um mini kit esplanada no meio da rua. Descalços bebiam vinho, como quem recebesse uma dádiva dos deuses. Os centros comerciais sempre me incomodaram por isso nunca divulgo nenhuma loja que lhes pertença.

Eu farto-me de dizer que a penosa  crise (também para mim) também tem coisas boas e esta é com certeza uma delas, não concordam?


4 comentários:

  1. de acordo, em especial com o facto de que a crise permite isto: "Felizmente a humanidade está a mudar e estamos todos, uns por opção, outros à força, a consumir apenas o mais essencial". bj

    ResponderEliminar
  2. Concordo plenamente! Não só por todos os centros comerciais, que minam a(s) cidade(s) da pior maneira possível, se instalarem como verdadeiros seres invasores que nada têm ou querem ter de relação com o local que habitam, e pela ideia falsa e irresponsável da realidade financeira que os mantém, mas pelo sentimento muito mais forte e natural de relação que tenho com a cidade e com todas as relações que fui criando desde pequena.
    Ninguém guarda memórias de uma ida ao centro comercial, mas toda a gente guarda memórias dos passeios que faz pela cidade e das relações que se vão criando com as pessoas que a habitam.
    E tudo isto ao ar-livre...
    E quem não gosta da sensação de ouvir os sapatos a pisar a nossa calçada?

    ResponderEliminar
  3. Espero que nem este ano nem nos próximos.
    Já os há em demasiado número.

    ResponderEliminar