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14 outubro 2011

nós e as palavras



'a cidade, efectivamente, sorri apenas àqueles que se aproximam dela e deambulam pelas suas ruas; a esses, ela fala numa linguagem tranquilizante e familiar, mas a alma de Paris só se revela de longe e ao alto, e é no silêncio do céu que se escuta o imenso grito de orgulho e de fé que ela eleva na direcção das nuvens'.

27 julho 2011

sem título


'ela movia-se com a fluidez de um deserto, que atravessava elegantemente e de cabeça erguida. não sabia muito bem como tinha tudo começado, apenas sabia que era preciso estar à altura de tudo o que acontecia. um segredo bem guardado, a violência mais profunda à sua continuidade, parte da sua árvore que abraçava o Universo e outras pequenas pedras que todas juntas um dia, quem sabe, construiriam um castelo. na morada do desafio não havia qualquer protecção, não haviam respostas, apenas dignidade. e foi nesses dias mais inconstantes, que sem pedir nada lhe ofereciam um manto de veludo para cobrir o vestido frágil e fluido. a capa cobriu-a de beleza. era essa a palavra, para quem estava a aprender a viver há tantos dias de coração nas mãos.

no final do dia seremos sempre responsáveis pelo que cativamos e nem a imaturidade ou a inconsequência podem ser desculpa para pormos mais areia num camião de alguém, que em verdade suprema, apenas sabe viver a vida de frente, a enfrentar estoicamente a arena do seu ser humano mais inteiro. e na inconstância de quem foge à sua essência, bastaram apenas duas palavras para espalhar os vidros pelo chão, assim como quem se depara, sem sorrir, perante 'a prova do contrário'.