sss



31 dezembro 2007

em silêncio


em silêncio,
o último abraço de 2007.

28 dezembro 2007

para 2008


algumas previsões para 2008 aqui.

27 dezembro 2007

cabaret


ou anda tudo à procura de nada?

26 dezembro 2007

lost in translation


mas se hoje me puderes ouvir
recomeça,
medita numa longa viagem.

25 dezembro 2007

25


enquanto a noite nos toca de perto
renova-se a palavra
silêncio.

23 dezembro 2007

no words

because at Christmas
you always tell the truth.

21 dezembro 2007

Descobrir l com uma outra luz especial


aqui (páginas 12 e 13)

20 dezembro 2007

próxima paragem


na mochila,
os amigos
a palavra coerência
engrandecimento
solidez

e a luz de sempre.

19 dezembro 2007

fim da linha


ou o mergulho
numa palavra
chamada futuro.

um voo breve II


o que de mais belo soube
sempre o disse,
de repente,

a alguém que não conhecia.
JTM

17 dezembro 2007

the great Porto


enquanto a velocidade anda à solta,
uma outra sofisticação mais serena
define o limites

do que nos engrandece.

O Senso e a Cidade l A prata da casa


aqui na página 7 ou

Porque é a última vez que escrevo antes da passagem de ano partilho o entusiasmo vivido no passado Outubro, com o restauro do relógio do Arco da Rua Augusta. A orientar-nos temporalmente desde 1941, o coração deste ex-líbris público em pleno Terreiro do Paço voltou a bater o coração com as obras de recuperação efectuadas por Luís Manuel Cousinha, neto do fabricante do mecanismo e precursor do avô e do pai. O arranjo custou cerca de 12 mil euros, resultado de uma parceria entre o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), a empresa Torres Distribuição e a relojoeira Jaeger-leCoultre.

Tanta sorte não teve o relógio da hora legal do Cais do Sodré instalado naquele local, para informar os barcos que deixavam o Tejo e precioso para o acerto dos cronómetros marítimos, instrumentos essenciais à navegação.

Depois da descaracterização a que a Praça Duque da Terceira foi sujeita, voltando as costas da cidade ao rio, com a construção dos edifícios para albergar a Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório da Toxicodependência, a Administração do Porto de Lisboa colocou um novo relógio que no seu entendimento é de "tecnologia digital e design bem mais moderno". O original foi colocado em exposição na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Alcântara, e com esta troca, o marco público da praça passou a ser mais um, pois o mesmo já não está ligado aos cinco relógios atómicos do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).

Para uma cidade credibilizar a sua história, não faria mais sentido a reposição do mecanismo, mas com a verdadeira prata da casa?

coluna de opinião publicada a 17 de Dezembro no
Meia Hora

14 dezembro 2007

Descobrir l longe dos Colombos deste mundo


aqui nas páginas 12 e 13

13 dezembro 2007

Europe’s West Coast


José Mourinho, Mariza, Cristiano Ronaldo ou a artista Joana Vasconcelos são as caras da campanha promocional da imagem de Portugal no estrangeiro, ontem apresentada no Pavilhão de Portugal.
mais aqui

12 dezembro 2007

on the waterfront with style


Lisboa foi destacada num artigo do New York Times,
The 53 Places to Go in 2008.

10 dezembro 2007

O Senso e a Cidade l Aguardarei atenta


aqui na página 8 ou

Existem moradas que me faltam e o miradouro de São Pedro de Alcântara é uma delas. Mesmo depois de o visitar sem autorização, no passado Julho, e porque era inadmissível não partilha-lo com um amigo viajante do mundo, é urgente a devolução deste marco lisboeta à dinâmica da cidade.

Irmão geográfico do renovado Elevador da Glória, este jardim construído no séc. XIX, também conhecido pelo nome de António Nobre está construído em socalcos, numa das encostas das sete colinas. Um ponto de referência, para quem se move no Bairro Alto e no Príncipe Real, este jardim goza de uma das fotografias mais viciantes do leste da cidade, com a imagem dos bonitos bairros da Graça, São Vicente de Fora e Castelo de São Jorge.

Prometida pelo vereador do ambiente e espaços verdes da Câmara de Lisboa, José Manuel de Sá Fernandes, a devolução está prevista para o início de 2008. Depois de quase um ano de obras paradas, por falta de pagamento da Câmara de Lisboa ao empreiteiro, e como um dos detalhes urgentes a resolver no combate à “Lisboa paralisada” de António Costa, a conclusão dos trabalhos reiniciados em Setembro é fulcral à auto-estima dos lisboetas. As intervenções nos lagos, estátuas, pavimentos, zonas verdes, iluminação pública e mobiliário urbano, com orçamento de 987 mil euros têm ainda previsto (e espero que com bom senso) a construção de um espaço de cafetaria, que será concessionada a uma gestão privada.

Por estas linhas aguardo atenta, uma das varandas onde costumo abraçar a cidade, e como escrevia o poeta que empresta o nome ao jardim, me esperam tardes de sonho em que a poesia escorre.

coluna de opinião publicada a 10 de Dezembro no Meia Hora

09 dezembro 2007

saying nothing

07 dezembro 2007

Descobrir l O meu país é sempre onde estou bem


Ruy Belo escreveu um dia que o meu país é sempre onde estou bem.
As nossas cidades estão a ficar diferentes e é com entusiasmo, que confirmo a invasão de outros viajantes do mundo, a quererem apelidar Portugal de nova morada. Com muita coisa ainda por fazer, estes sorrisos livres apaixonam-se pelos mistérios escondidos, de qualquer coisa que não precisa de nome. Vontade em construir bem e um enorme sentido de oportunidade fazem hoje de Lisboa, um lugar onde as palavras passaram a ser mais universais. Por ser uma estreia, hoje dedico estas sugestões a todos os “bons rapazes” e raparigas, que tanto têm iluminado a nossa cidade. É que Lisboa merece muito. E quem tiver abertura de mente, também.

No cortar de fita da página dupla do Meia Hora, sobre descobrir Lisboa, destaquei o Les Mauvais Garçons. É que a minha cantina especial continua a enaltecer as ruas do Bairro Alto. Com a simpatia contagiante do mauvais garçon, David Garcia Gonzalez, um andaluz que trocou as cidades de Paris, Madrid e Barcelona pela magia de Lisboa, aqui está-se bem a qualquer hora do dia. Depois de se render à lasanha vegetariana, à salada de salmão e chèvre, ou ao tourte au canard, não se vá embora sem provar o moelleux au chocolat ou o original bolo de chocolate branco, acompanhado de qualquer chá da Mariage Frères.
mais aqui (página 12 e 13)

1972


no dia em que o céu te recebeu,
abraço-te sempre

como mereces.

05 dezembro 2007

Lisboa merecia


hoje ouvi isto
nas ruas da minha cidade.

made in heaven ou não

a minha Lisboa merecia
uma interpretação do grande Freddie.

04 dezembro 2007

Waterfront Developments Symposium


a conferência "Sustainable Urbanism for Waterfront Developments"
vai acontecer esta 6ª feira dia 7 de Dezembro.

mais informação sobre Waterfront Developments Symposium Lisbon 2007 aqui

03 dezembro 2007

O Senso e a Cidade l Make it simple


aqui na página 8 ou
Há uma semana que cheira a Natal nas ruas da capital. Com um protocolo assinado em 1996, entre a União dos Comerciantes do Distrito de Lisboa e a Câmara Municipal, o comércio tradicional é inundado de luz com um orçamento que ronda os 406 mil euros.
Além do bairro da Avenida de Roma, da Rua Ferreira Borges em Campo de Ourique, da Baixa Pombalina, do Chiado, da Rua de Belém, da entrada das Amoreiras, Santa Apolónia e Pedrouços, gozamos ainda de iluminações natalícias no Rossio e na Avenida da Liberdade, sendo estas possíveis com o patrocínio de uma instituição privada. O orçamento teve um corte na ordem dos 60%, o que desinquieta sempre os comerciantes de rua, que lutam contra os impessoais centros comerciais.
Sempre fiel ao "less is more" de Mies van der Rohe, não posso deixar de me desiludir ao procurar sentir as luzes de Natal no Chiado. Com um orçamento mais em conta, poderia ter sido feito uma intervenção mais sóbria e mais condizente com a beleza da nossa cidade branca, que é já tão espontaneamente iluminada. Laços rebuscados, muitas cores sortidas e alguns bolos de noiva não me convidam a respirar a espiritualidade possível, nesta época consumista.
Por isso e oferecendo de graça, desde já, os meus serviços de consultadoria estética para o ano de 2008, faço o apelo: da próxima vez make it simple. O Chiado já é tão bonito, que simples luzes brancas em quantidade seriam com certeza suficientes para o enaltecer. É que como escreveu um dia Eugénio de Andrade, Lisboa é uma rapariga descalça e leve e não precisa de muitas cerejas para brilhar. Eu sei e tu sabias?
coluna de opinião publicada a 3 de Dezembro no Meia Hora

nova vaga



e esta estranha paz
era diante dos infortúnios
o seu único poder


José Tolentino Mendonça, in Antígona e a lei dos homens

nouvelle vague


mais aqui