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27 junho 2008

O Senso e a Cidade l de saltos altos


aqui página 17 ou
Linda sem qualquer dúvida, a calçada portuguesa faz dos nossos passeios, um dos mais bonitos do mundo. Cleopatra’s à parte, em Lisboa não se pisam pétalas de rosa, mas antes, chuva de jacarandás, estrelas, peixes, liras e flores.
Para quem adere aos saltos altos das Zilians’s ou dos Manolos Blahnik deste mundo, uma homenagem à coragem das mulheres portuguesas, que todos os dias desafiam os tapetes de basalto e calcário da cidade.
Sempre defendi uma Lisboa sofisticada e se agradeço ao império Inditex, por ter tornado as lusitanas mais bonitas, não posso deixar de implorar à Câmara de Lisboa uma calçada mais perfeita em prol de não trocar a ideia de uns Jimmy Choo pelas confortáveis havaianas.
Muitas vezes estragada, abandonada, desconfortável e muito perigosa, a calçada portuguesa não pode ser um impasse a uma cidade mais dinâmica e sofisticadamente habitável. E com esta ideia, não pretendo aderir à sugestão de Novembro da minha querida Time Out, de a retirar dos pés de Lisboa, mas antes intervir na sua recuperação e preservação.
Com uma crescente escassez de artífices e paralelo desinteresse pela arte da calçada é urgente intervir numa preservação mais atenta. Preservação essa que passa não apenas pelos olhos da Câmara, mas também ao respeito e civismo de todos os que habitam a cidade. Observando os carros sem perdão, acrescento ao apelo mais uns milhares de pinos para proteger os testemunhos desta beleza lisboeta.
Quanto ao malabarismo das lusitanas e porque o caminhar feminino sempre foi uma arte, a partilha das palavras do poeta que anda com luz, o caminho faz-se andando.

publicado a 27 de Junho no jornal Meia Hora

Descobrir l de uma grande praia


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26 junho 2008

Resgatar l replantar Portugal


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24 junho 2008

energias oceânicas


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19 junho 2008

O Senso e a Cidade l na brisa atlântica


aqui página 17 ou

Somos uns privilegiados.
Uma costa atlântica de mão beijada, de mares enérgicos no litoral e de praias serenas no Sul, de onde vos escrevo estas palavras. Mergulho no saco do semanário Expresso e tropeço num artigo que goza do título “como eles (os estrangeiros que cá vivem) nos vêem”.
Diz o artigo que chegam “atraídos pelo clima, pela gastronomia, a cultura, a simpatia e a facilidade de fazer amigos”. Para quem viveu na Holanda sabe bem que Portugal é uma pérola, no que toca à fraternidade.
O artigo revela também os defeitos: o desornamento do território, o mau urbanismo, o pessimismo, o mau sistema de saúde. Como as linhas não dão para mais ressalvo o mau senso no ordenamento do território.
Ter uma costa de mão beijada e destruí-la em prol do betão autárquico inspira-me reacções pouco condescendes. Também os gregos receberam as suas fabulosas ilhas de mão beijada e embora tenham destruído Atenas, as ilhas estão intocadas, bem à maneira da nossa Óbidos.
E se com esta vila do Oeste partilho a prova de que é possível fazer bem, questiono-me o que teria sido de Portugal na mão dos holandeses. É que Deus criou o mundo e segundo os próprios, os holandeses a Holanda. E é verdade, em termos de planeamento do território é de se lhe tirar o chapéu. E não porque temos mais Sol, mas apenas porque a sua conduta calvinista os leva a pensar no planeamento urbano com rigor.
Mesmo sem a nossa costa, a nossa paisagem eclética e sem a Luz de Lisboa jamais “planeariam” tenebrosas Caparicas ou Quarteiras. Aprendamos então, e salvemos o que ainda sobra em terras de brisa atlântica.
publicado a 20 Junho no jornal Meia Hora

Descobrir l quando o Porto fala mais alto


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Resgatar l um andar oceânico


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17 junho 2008

um reencontro


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12 junho 2008

Descobrir l mulheres ao alto


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08 junho 2008

Eugénio de Andrade


urgente permanecer,
porque o que é autêntico,
tem mais sabor.

the Story, by Brandi Carlile

07 junho 2008

Descobrir l especial 1 ano



clique nas imagens ou aqui (páginas 47 a 51).

01 junho 2008

O Senso e a Cidade l ao acto de esplanar


aqui página 6 ou
Bica do Sapato, Delidelux, Meninos do Rio, Noobai, Chapitô, Regency Chiado, Farol Design Hotel e ainda a varanda do Albatroz. Eis algumas das esplanadas que enaltecem Lisboa e envolvente, com a certeza indiscutível que Portugal goza de um clima oferecido de mão beijada ao acto de “esplanar”.
E se hoje o bom tempo ainda dorme lembro-me que por menos Sol, os holandeses nos poucos minutos de raios nórdicos arejavam ideias à porta das casas de bonecas dos canais de Amesterdão, acompanhados de vinho branco muito fresco. Tirando o De Jaren ou o Werk, as esplanadas não eram muitas, por isso pouco tenho para partilhar sobre elas em terras da Batávia.
Já a Grécia supera tudo o que vi em tempo de vida. Sofisticadas, majestosas e de um extremo bom gosto, o povo helénico sabe bem gozar a dádiva solar.
Mas sendo o tema Lisboa, hoje o apelo é dedicado ao sentido estético das restantes esplanadas que diminuem a capital. De plástico e com publicidade a refrigerantes de massa, não se percebe a autorização de poluir a oferta turística e serenidade visual de quem as goza.
Em Lisboa, mas também por todo o país, as esplanadas estão longe do seu potencial de perfeição e não, não aceito que não seja possível fazer melhor. Para comprovar o contrário convido o leitor a ver na imagem o exemplo tirado das docas da capital catalã, que comprova que mesmo com publicidade, o risco de ferir pode ser diminuto.
Porque acredito em paraísos, hoje agradeço a beleza do Kubo, a qual goza de uma vista magnânima e de uma das mais bonitas esplanadas do mundo, senão a mais bonita.
publicado a 3 Junho no jornal Meia Hora