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31 março 2009

luminosidade

adquiri um andar flutuante
como o movimento silêncioso das águas.
um andar oceânico.

há dias assim,

em que me sinto projectado para dentro de imagens duma memória futura, plena de luminosidade, onde certamente já não estarei. tenho saudades dos lugares onde nunca estive, porque nesses lugares dizem a vida continua.
A.B.

tram station


some angels never go away.

30 março 2009

A cidade na ponta dos dedos l No poder da reciclagem


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Entre o mais recente restaurante do bairro Alto e um café que tem encantado os viajantes que passam pelo Chiado, Lisboa revela-se cada vez mais consistente. Ainda um candeeiro irreverente, numa das lojas de design mais extraordinárias da capital.

publicado na revista Única do Expresso a 28 de Março 2009

esboço I



hoje
uma parte de mim celebra
três anos.
na distância de um país
que me ensinou a viver
a mais pura forma de vida,

hoje,

hoje danço
na minha cidade.

28 março 2009

na senda dos sonhos



a beleza do mundo, quando olhada nos rostos dos que se movem de perto
é sempre uma dádiva tão elevada.

27 março 2009

Descobrir l na extensão da criatividade


clique na imagem ou aqui páginas 12 e 13.

Um destaque à criatividade, com a Ray-Ban que no mundo da música, tem marcado a ligação entre o espírito rock n’roll e as tendências futuras e também os descontos e achados do Stockmarket. Ainda na extensão da criatividade, não perca um hotel numa das ilhas mais enigmáticas do momento.

26 março 2009

"baldios"


hoje,
onde o tempo é mais limpo,
inundo a casa de freseas brancas.

o que de mais belo soube
o disse, de repente,
a alguém que não conhecia.

24 março 2009

lost generation?

21 março 2009

GQ l Pelas ruas da cidade


Alma em movimento
Não poderia deixar de me estrear nestas páginas sem me lembrar do meu querido Al Berto, “quando escreve que quando regressou, regressou com a ânsia do eterno viajante dentro de si”. As almas dos viajantes são assim e jamais imaginei não me chegarem as páginas, para divulgar uma Lisboa que se transforma numa cada vez mais decidida cidade europeia. Se a alma me move cada vez que deambulo pelas ruas da cidade, o restaurante Alma deixa-me emocionada, ao assistir à beleza do percurso do Henrique Sá Pessoa. Houvesse mais portugueses assim e seríamos uma cidade com mais sorrisos rasgados. Quem me conhece sabe que adoro espaços brancos e que sempre que mudo de casa, insisto sempre numa parede exclusivamente branca, para respirar do bombardeamento de informação a que me sinto sujeita enquanto viajante urbana. Por isso no Alma sinto-me em casa e se por momentos e para alguns, este possa ser um ambiente frio, peço que em vez do copo meio vazio se enalteçam a respirar fundo num espaço que é simplesmente livre. Porque os olhos também comem, as criações do Henrique são autênticas obras-primas, prontas a serem partilhadas num dos melhores momentos do mundo, aquele em que estamos à mesa com os amigos. Na partilha deixo o Estaladiço de queijo de cabra com cebola roxa agridoce, redução de xerês e salada de pêra e o Crumble de maçã e frutos vermelhos com gelado caseiro de baunilha. Ao grande criador deste novo hotspot do Santos Design District, muitas, muitas pétalas pela consistência e perseverança do caminho percorrido.
Boas Maneiras
O branco volta a invadir a minha vivência das noites lisboetas. Em contraste com os tons escuros no espaço do antigo Olivier, o 100 Maneiras voltou para Lisboa e ainda bem. Ljubomir Stanisic depois de encerrar no final do ano passado, o restaurante com o mesmo nome em Cascais, testemunha que na vida há sempre mais oportunidades. O menu de degustação aparece mais em conta, mas igualmente divinal, o que fará deste novo espaço do Bairro Alto, um daqueles lugares difíceis de marcar no próprio dia. Adorei a experiência e o melhor, não saí com vontade de rebolar até ao Cais do Sodré, já que depois do jantar continuamos leves. A elevar o risotto de cogumelos selvagens com camarões de Moçambique, o momento “grande lata” – e como gata não vou revelar tudo – ou o shot com Hendrick’s e água tónica caseira. Ainda a simpatia do Nuno – e que mais se parece com um amigo que nos recebeu para jantar – que compensa os sorrisos tristes na cidade, as pessoas que insistem em não devolver o bom dia nos elevadores ou as inúmeras vezes, que esta semana não me apareceram para instalar a artilharia tecnológica, indispensável a quem está habituado a trabalhar longe do mundo.
Eu sei quanto tempo duram as frésias
Escrevo por estas linhas a confissão: gosto de identificar as pessoas pelo cheiro. Quantas são as vezes que identificamos simplesmente pelo perfume, essa poderosa imagem de marca? A segunda confissão: gosto que me identifiquem pelo cheiro. Por isso sempre me habituei a mudar de perfume, quando a energia do céu resolve virar a mesa ao contrário. As essências acompanham-me na mudança de vida e não sei se isto vem da minha imaginação, muitas vezes me elevar ao papel de Cleópatra, mas é um dos factos mais consistentes do meu percurso de alma. Por ser uma das sensações que considero mais importantes numa cidade, não poderia deixar o meu querido Epicurista de lado na primeira vez que escrevo para a GQ. A energia contagiante de Armando Ribeiro, também conhecido pelo nosso melhor mago perfumista, descobre sempre o aroma mais certo à nossa sensibilidade. Porque esta é uma revista para homens, partilho o perfume da Ulrich Lang New York, que minimalista e contemporâneo apresenta-se com uma fusão sedutora de aromas frescos e especiarias provocantes. Ainda a estreia recente da linha de banho da minha magnânima Diptique e todas as velas desta fascinante marca francesa. O poeta José Tolentino Mendonça escreveu um dia não saber quanto tempo duram as frésias. Na versão das velas da Diptyque, dura o tempo suficiente para me perder em momentos sempre mais puros.
publicado na GQ a 20 Março 2009

20 março 2009

Descobrir l Santos ao Alto


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Esta semana uma homenagem de sorriso rasgado ao Santos Design District. O lançamento do novo portal, o tão esperado restaurante de Henrique Sá Pessoa ou a nova colecção da Gandia Blasco fazem de Santos-o-Velho o bairro do momento. Ainda e porque a cidade merece, uma escapadela dentro de portas, sempre pelas ruas da cidade.

Blue Woman


no Blue Men.

16 março 2009

A cidade na ponta dos dedos l Quando a alma invade a cidade


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Um espaço cultural que elogia o conhecimento olissipográfico e a recente inauguração do novo restaurante do chefe Henrique Sá Pessoa, enaltecem a energia da cidade. Porque o elogio é feito numa capital misteriosamente feminina, ainda um brinde que deixará Lisboa de sorriso rasgado.
publicado na revista Única do Expresso a 14 de Março 2009.

13 março 2009

Descobrir l com o poder da Luz


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Um curso sobre a mais luminosa das cidades e uma experiência sensorial que promete elevar os sentidos, fazem as honras desta semana. Ainda um hotel de charme de um dos estados Bálticos, onde a preservação de três edifícios medievais se aliam ao design de forma exuberante e surpreendente.

12 março 2009

1975 - 2009



agradecer. muito.

08 março 2009

podia ser de cartão


mas não é.

06 março 2009

se a minha vida desse um filme


esta seria uma imagem a reter.

Descobrir l No elogio da beleza


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No fim-de-semana em que se celebra o dia da mulher, não queria deixar de iluminar estas páginas com as novidades mais acessíveis e apetecíveis do momento. Uma colecção como já não via há muito e um tratamento especial prometem resplandecer ainda mais, a beleza das mulheres portuguesas pelas ruas da cidade. E Nova Iorque. Sempre.

03 março 2009

A cidade na ponta dos dedos l Com mais de 15 minutos de fama


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Andy Warhol percorreu a sua vida com um enorme desafio: a maneira como se entendia a arte. Com o objectivo de fomentar expressões inovadoras, por estas linhas homenageia-se o cérebro criativo que inspirou uma das gerações mais marcantes do século XX. Ainda o hotel mais cosmopolita de Londres e a garrafa mais desejável do momento.
publicado na revista Única do Expresso a 28 de Fevereiro 2009.

02 março 2009

face to face


Permaneço.
Da minha janela alcanço o mundo, numa viagem onde o silêncio é transbordante. Hoje onde abraço a cidade de frente, estendo-me no mais puro dos reencontros. Tudo é possível.
As palavras soltam-se das imensas páginas e segredam-me a importância do um tempo ainda mais intacto. Hoje desaguo no Atlântico, devolvendo ao horizonte da cidade o rasgo urgente.
Hoje permaneço.
Debruço-me sagitariana sobre o porto onde caixas de cores vivas viajam os meus desejos mais elevados. Únicos, demorados, “resgatantes” e sem receio, a entrega é absoluta. E como uma mulher livre, vivo a dádiva numa morada que não precisa de nome. É o topo de uma montanha imensa, onde toco o céu com a ponta dos dedos. Hoje, de onde abraço o Cristo de frente Lisboa, é imaginável.
E se hoje demoro-me no mais cúmplice dos lugares, amanhã serei mais extensa. Como a minha cidade.

Lisbon Golden Guide, Fevereiro de 2009