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Sejam eles hispano-mouriscos, encomendas da Flandres, de repetição, de obras encomendadas na Holanda, do Ciclo dos Mestres, da Grande Produção Joanina, do Rococó do Neoclássico, das fachadas de azulejo do Século XIX, de Rafael Bordalo Pinheiro, Querubim Lapa ou Jorge Barradas, de grandes campanhas do Metropolitano de Lisboa ou de outras grandes obras públicas, o azulejo faz parte da história da nossa identidade enquanto cidade.
Na viagem persistente da procura de uma casa, com algum carisma especial tenho observado com alguma tristeza a falta de azulejos, não apenas em fachadas, mas também no interior de algumas escadarias lisboetas.
Designado por uma placa de cerâmica quadrada, com uma das faces decorada e vidrada, o azulejo, importante para a cultura portuguesa, enaltece-se na vida das nossas cidades, não apenas pela permanência do seu uso ou por proteger e decorar tantos edifícios, mas também por ser uma arte decorativa tão subjacente à sua história.
Na intenção de uma preservação urgente partilho e enalteço por estas linhas, o projecto SOS Azulejo, uma iniciativa do Museu de Polícia Judiciária do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais. Com parceria do Instituto Politécnico de Tomar, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública, a mesma serve para combater o modo crescente e preocupante pelos furtos e vandalismos na grave delapidação do património azulejar português.
Para preservação das nossas cidades, fica o alerta.
coluna publicada a 17 de Março no Meia Hora
Sobre o descaminho de azulejos e elementos arquitectónicos de edifícios históricos nacionais, recomenda-se a consulta ao site americano da actividade comercial do, até á pouco tempo, presidente da Associação Portuguesa de Antiquários, onde se pode observar um inacreditável catálogo de peças desses géneros, actualmente á venda nos E.U.A. (e estas só do estabelecimento de Palm Beach, pois as mais valiosas encontram-se em exposição em Manhattan).
ResponderEliminarhttp://www.solarantiquetiles.com/
Não obstante não duvidar da licitude desta actividade, que não ponho em causa, é pertinente interrogarmo-nos sobre quantas destas exportações definitivas de património histórico-artístico com mais de cem anos, é que foram solicitadas, e autorizadas pelos serviços competentes do Ministério da Cultura ?
Antiquário que até presta serviços de consutadoria á PJ no programa "SOS Azulejo" (?).
http://mais.uol.com.br/view/7945qmbpogar/tradicionais-azulejos-de-lisboa-sao-cada-vez-mais-roubados-0402306ECC916326?types=A&
Peças que há cerca de duas décadas são sistematicamente furtadas em Portugal por catálogo e por encomenda, por elementos de uma organização criminosa internacional, constituida por bandos de gatunos operacionais, de etnia cigana, e seus associados italianos e dos Países Baixos, que os organizam e distribuiem a mercadoria ilícita pelo mercado mundial. Indivíduos sobejamente conhecidos das autoridades judiciais nacionais, e internacionais, e que estranhamente não são eficazmente combatidos. Sendo classificados de um "grupo de ladrões ainda não identificado" !
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Reportagem+Especial/2009/1/sospatrimonio.htm
Faz-se entretanto pesquisa na net, designadamente na Ebay, para alegadamente cumprir e explicar o desempenho de funções, onde se detectam azulejos a vulso, produto da pequena delinquência, e "esquece-se" o impune "comércio a grosso" das obras de arte valiosas.
http://video.msn.com/video.aspx?mkt=pt-br&vid=6f951fda-f648-4302-a426-462c531a269d
http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/roubo-de-azulejos-em-portugal-ameaca-patrimonio-historico-040262DCC16366?types=A&
Com consideração.