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24 outubro 2008

O Senso e a Cidade l A cidade tímida


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Nas cidades do mundo existem rituais sagrados e convictos a uma cidade mais plena. O mercado biológico na Praça do Príncipe Real, ao Sábado de manhã é um desses momentos, onde os Lisboetas alcançam uma qualidade de vida mais inteira.
Preservarmo-nos é bom e termos tempo para abrir o nosso lado mais criativo também. Em apenas cinco minutos a pé do mercado encontramos uma das lojas mais preciosas da cidade de Lisboa. Do mundo e para o mundo, os encontros fazem-se em línguas ecléticas e sorrisos rasgados, não fosse a sua mentora uma das fadas madrinhas do comércio de rua desta cidade.
Paralelamente à elegância da Luvaria Ulisses, na Fabrico Infinito existem candeeiros vintage, leques com penas, chapéus originais, música escolhida a dedo e uma esplanada, onde a alemã Tanja Baur oferece o mais sofisticado brunch da cidade.
O espaço é um achado, mas acima de tudo é quase sempre partilhado por estrangeiros que nunca passam indiferentes às originais montras da brasileira Marcela Brunken.
Num destes dias, partilhei uma mesa, com um jornalista holandês e um fotógrafo sueco que faziam um artigo sobre “Lisboa alternativa, a cidade que promete”. Além da troca de impressões dos meus dias na antiga Batávia, descreveram fascinados a nossa capital, como “criativa, energética e tímida”. À análise bem conseguida, acrescentaram a não compreensão de um bom plano de marketing a uma cidade surpreendente, que continua guardada como um tesouro aos olhos do mundo.
Remataram com a frase “you already have the most difficult”… um facto inquestionável para inspirar a luta dos mentores e pioneiros desta Lisboa sempre tão única.
publicado a 24 de Outubro no jornal Meia Hora

1 comentário:

  1. Olá!

    Atribui-lhe um prémio foto no blog "Mercado de Bem-Fica"... vá espreitar!

    Um abraço

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