05 outubro 2009
to return
E quando regressei, regressei com o eterno viajante dentro de mim. Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas. Aprendeu a viver sem possuir nada, sem um modo de vida.
Caminha assim, com a leveza de quem abandonou tudo. Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompões das aflições da cidade.
A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que os outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confude com nenhum outro.
O viajante aprendeu, assim, a cantar a terra, a noite e a luz, os astros, as águas e a treva, os peixes, os pássaros e as plantas. Aprendeu a nomear o Mundo.
ainda abraçada às palavras de Al Berto, há cidades com que se pode aprender a ver aquilo que dentro de nós existe e não sabíamos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário