19 novembro 2009
não sei que tempo duram as frésias
Ainda esmagada pela intensidade do dia sei que, tal como os livros de Almada, não teria palavras para conseguir deixar nestas linhas a emoção da homenagem.
Cresci no meio dos livros e das histórias mais inteiras. E na visão do cenário imaginado, um homem. Um homem que gerou a minha vida e que até ao fim dos meus dias imagino, com a ajuda de um poema de Herberto Helder, com um cenário de uma biblioteca a arder por trás.
Mais do que um legado de palavras, mais do que o homem que descobriu o primeiro livro impresso em Portugal (e com o qual iniciou a sua história de amor), mais do que uma biblioteca dedicada à Ordem de Cister (e que me deu o privilégio de um nome histórico), hoje, todos os amigos e pessoas que testemunharam a história de uma vida que terá continuidade no menino dourado.
E na memória de mais um dia claro, uma frase do poeta que escreveu o viajante sem sono,
afinal,
não sei que tempo duram as frésias
a rendição de um corpo
é sempre tão inesperada.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
um abraço
ResponderEliminar