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© Filipe Enes
noites hão-de chegar, semeadas de púrpuros astros, de magias - e do fundo da terra onde vivo erguer-se-á uma neblina perfumada que diluirá o teu corpo sólido ao meu etéreo corpo. Juntos ascenderão ao estonteante canto da madrugada, até que um carvão se incendeie de novo no olhar - e nos ilumine, mais um dia.
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