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27 julho 2011

sem título


'ela movia-se com a fluidez de um deserto, que atravessava elegantemente e de cabeça erguida. não sabia muito bem como tinha tudo começado, apenas sabia que era preciso estar à altura de tudo o que acontecia. um segredo bem guardado, a violência mais profunda à sua continuidade, parte da sua árvore que abraçava o Universo e outras pequenas pedras que todas juntas um dia, quem sabe, construiriam um castelo. na morada do desafio não havia qualquer protecção, não haviam respostas, apenas dignidade. e foi nesses dias mais inconstantes, que sem pedir nada lhe ofereciam um manto de veludo para cobrir o vestido frágil e fluido. a capa cobriu-a de beleza. era essa a palavra, para quem estava a aprender a viver há tantos dias de coração nas mãos.

no final do dia seremos sempre responsáveis pelo que cativamos e nem a imaturidade ou a inconsequência podem ser desculpa para pormos mais areia num camião de alguém, que em verdade suprema, apenas sabe viver a vida de frente, a enfrentar estoicamente a arena do seu ser humano mais inteiro. e na inconstância de quem foge à sua essência, bastaram apenas duas palavras para espalhar os vidros pelo chão, assim como quem se depara, sem sorrir, perante 'a prova do contrário'.

4 comentários:

  1. simplesmente lindo!!!
    Obrigada por partilhar, pois neste momento este texto reflete um pouco a minha vida...
    mag

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  2. mag fico contente que a partilha pelo menos tenha ajudado alguém...

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  3. gosto especialmente de: 'no final do dia seremos sempre responsáveis pelo que cativamos'. tão certo e marcante, quanto verdadeiro. um abraço, dg

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  4. obrigada dg... às vezes pemitimo-nos a cativar sem ter a noção que não temos o direito de desaparecer sem deixar rasto... obrigada pelas sempre bonitas palavras.

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