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28 abril 2011

nasceu o mais bonito sushi de Lisboa



mas não é tudo. não há nenhum que bata a sua qualidade e inovação.
e o estrondoso atum, alguém tem dúvidas?

em breve numa das minhas páginas sobre a cidade.

26 abril 2011

smart.studio. em Lisboa l Storytailors



'Admittedly, we did have to pull a few tricks in order to get the magnificent dresses from the designers Storytailors to fit into our smart fortwo. But see for yourself – a catwalk in the smart. studio. with 'Storytailors'. Truly awesome'.

mais aqui e aqui.

21 abril 2011

esta miúda vai longe



mais Emmy Curl aqui

as corridas da lua estão de volta



lembram-se disto e disto?

é já hoje que o Largo Camões recebe às 20h30 as Luna Runs. ideal para conhecer melhor a cidade, fazer amigos ou provar os prometidos cachorros quentes no final da corrida, aqui fica o convite para começar a correr pelas ruas da cidade.

a última novidade para rasgar a cidade sãp os Nike Free XT Everyday Fit+ que por serem muito versáteis oferecem flexibilidade, comodidade e suporte excepcionais para todo o tipo de actividades.

a sola dos ténis está desenhada para melhorar a tracção numa grande variedade de superfícies e o exclusivo padrão multidireccional da sola foi criado seguindo um processo de "corte a quente", que permite obter umas ranhuras de flexão mais profundas. conta ainda com uma ligeira sola de dupla que combina um amortecimento suave com outro mais firme na parte inferior do pé, para uma maior durabilidade e suporte, mas é graças à palmilha OrthoLite que os ténis se adaptam ao pé e conseguem um ajuste e toque distinto em cada utilização. ah e são compatíveis com a tecnologia Nike+, para memorizar os treinos.
para experimentar logo à noite numa das mais bonitas cidades do mundo.





20 abril 2011

smart.studio em Lisboa l Emmy Curl



'Emmy Curl wrote her first song at the age of 15, and since then she has added a further 40. The singer's debut album will soon be released – and not only does she want to conquer passengers in Lisbon's classic cable car, but also people around Europe.'
a voz é linda, por segundos lembra-me a norueguesa Ane Brunn. mais aqui e aqui.



o estado da nação IV

não deixar de ler a brilhante coluna 'Insanas Confissões' de Henrique Monteiro do Expresso e o filme em baixo que roubei ao 31 da Armanda.'vergonha' dos homens e do governo dos últimos anos é a palavra.

19 abril 2011

vai uma sardinha?



elas vêm aí, veja como.

o estado da nação III

não, a dita poção mágica não faz bem à saúde, já o anúncio é um toque de Midas nos dias que correm.

18 abril 2011

à conversa com Luís Baena



Com provas dadas em quatro continentes, Luís Baena dá a mão ao Manifesto em Lisboa no bairro de Santos. Mais do que um testemunho exemplar de sustentabilidade e de enorme respeito à Natureza, o seu empenho no projecto das Penhas Douradas ou na recuperação dos valores tradicionais dos Açores mostram únicas as suas qualidades. é sempre um enorme privilégio conversar com o chefe das causas humanas.

O que vê quando observa os seus trinta e dois anos de carreira?
Olhando para trás houve várias fases na carreira. Uma primeira fase de aprendizagem de absorver conhecimento, seguida da de uma outra de orientar a carreira: que país, que destino… e de repente dou por mim e passaram mais de trinta anos.
Ter tido o ponto de partida em Bruxelas (país de excelência gastronómica) foi importante?
Antes de Bruxelas vivi dois anos na Holanda. Bruxelas é uma cidade extremamente burguesa no bom sentido da palavra, inundada de conforto, uma cidade fantástica para aprender. O meu primeiro chefe ensinou-me imenso, devo-lhe muito. O Luís sempre soube que ia ser chefe?
Estive na dúvida entre essa opção e a de estudar Belas Artes. Quando viajo adoro entrar em livrarias, em museus, em galerias de arte e rapidamente senti que a cozinha era mais do que o simples facto de alimentar. Desde essa decisão que tenho vindo a estudar cozinha… é um estudo sempre contínuo.
Como os médicos?
É a melhor imagem que pode ter (risos) já que nunca paramos de procurar informação. O seu percurso já passou por quatro continentes, ficou algum país por descobrir? Quando saí do Brasil, na altura da grande inflação estive para ir para a Austrália. Por razões pessoais não fui e logo depois surgiu um convite para ser chefe executivo num cruzeiro norueguês.
Arrependeu-se te nunca ter ido para a Austrália?
Nunca me arrependi, mas fica sempre a curiosidade. Nunca se sabe como vai ser a nossa vida, ‘o caminho faz-se caminhando’ e quando tomamos a opção da direita nunca saberemos como teria sido a da esquerda. A condição geográfica perto da Ásia e do Pacífico dão-me a certeza que teria sido mais uma experiência fascinante na minha vida.
Além do chefe há um homem que é um chefe viajante do mundo…
Também. Há o chefe que vai a São Paulo ou a Xangai fazer um jantar, mas que fica sempre mais uns dias para conhecer as cidades. Concilio sempre as viagens pessoais com a minha profissão.
Regressa como chefe do melhor italiano de Hong Kong em 1998, o que o faz regressar?
Razões familiares e os ciclos escolares dos meus filhos. Habituado a um percurso em restaurantes topo de gama, teve algum receio nesse regresso? Tive algum receio, mas depois de uma experiência nos barcos da Expo 98 e porque não tinha aparecido nenhum projeto de restauração que me entusiasmasse, abracei um projeto como director geral de uma empresa que me permitiu desenvolver uma grande componente de gestão empresarial. Tínha a cargo espaços como o Centro Cultural de Belém, a Padaria da Lapa ou o Golf da Aroeira. Só depois apareceu a Quinta de Catralvos em Azeitão, que me permitiu criar um personagem para desenvolver uma nova cozinha, dando assim asas à ousadia.
'A expressão de um prato tem de ser sempre magnífica'?
Depende do contexto. A expressão plástica é importante, mas não tem de ser sempre sofisticada. Se estou no meio do Alentejo, num restaurante com três produtos no prato, a sofisticação estará na simplicidade. O despojamento tem de ser coerente com o espaço e com a ideia. Dou-lhe o exemplo de numa história, num romance, num filme ou argumento ter de haver uma progressão da narrativa. Numa carta de restaurante também tem de haver essa coerência. Não faz sentido no meio de migas despojadas colocar um caviar do Irão. A coerência é muito importante.
Mas num ato de criação entre a simplicidade e sofisticação, o tal vanguardismo pode juntar as duas…
Sem dúvida. A contemporaneidade das suas criações reflecte o facto de gostar de viver no presente? Todos vivemos no presente, às vezes não temos é muita consciência disso (risos). Eu tenho um pé no passado, vivo no presente e penso no futuro. Eu não quero estar à frente de ninguém, não quero ser o primeiro mas interessa-me projetar o futuro, pensar como vai ser e de que forma é que eu posso contribuir para ele. O seu sentido de missão passa pelo amor ao seu país ou por um projeto de humanidade?
Sem dúvida está ligado às causas sociais e às causas ecológicas.
Como fez no seu notável empenho no projeto das Penhas Douradas (que deu uma nova dinâmica à população de Manteigas) ou dos produtos tradicionais dos Açores? Sim, sempre que posso envolvo-me, mas há muita coisa ainda para ser feita. Trabalhando com alimentos todos os dias custa-me pensar que há pessoas a morrer à fome? Quem melhor que um chefe de cozinha para ajudar os projetos de desenvolvimento nesta área? Porque não usar os recursos naturais subaproveitados. Porque não ensinar a usar as urtigas, as beldroegas, ou as castanhas espalhadas nas montanhas das Penhas Douradas? Há ainda muita gente a desprezar os alimentos do próprio quintal.
Mas a crise, felizmente vai mudar essa atitude de desperdício…
Sem dúvida. Dou-lhe o exemplo dos Açores e das algas que encontrei lá, ninguém trabalha com elas. É urgente ler a Natureza, percebê-la, senti-la, explora-la no bom sentido, conjugando a nutrição os ciclos ecológicos fazendo bom uso das suas dádivas. Se os produtos existem naquele sítio específico é por alguma razão. Sente-se mais motivado para criar sabendo que está a usar produtos ‘perdidos’ e que vai devolver trabalho a produtores locais que tanto precisam? Como despertou para essa importância?
Foi muito importante o testemunho da palestra Engenheira Ana Soeiro num congresso, muito associada à certificação dos produtos portugueses certificados. Independentemente do produto ser certificado ou não, a nossa ação como pessoas a trabalhar com a cozinha tem o dever de divulgar os produtos da região. O grande interesse é dar a conhecer os produtos, fixar as populações no interior evitando a desertificação do país. Não faz sentido os restaurantes do Alentejo estarem a usar azeite italiano. Veja este exemplo: o que se faz no Alentejo com as beldroegas? Pouca gente sabe que é o única erva com Omega 3. É preciso olhar para tudo de uma forma mais lata, perceber qual o papel da região e explora-la no bom sentido novamente.
Há um enorme nível de consciência humana nestes seus projetos específicos… Sim, é muito importante. Há muita coisa que me influencia e felizmente não é apenas a minha vida profissional. Dou-lhe o exemplo de um retiro que fiz de monges tibetanos feito em França nos Alpes de Aute Provence. Nessa experiência filosófica guardei para sempre um nível de consciência muito grande. Tal como a frase do ‘aqui e agora’m- que está numa das paredes do meu restaurante Manifesto e que não é minha - ter consciência é fundamental. Concordo, mas dá muito trabalho estar ao serviço…
Estou completamente de acordo. As pessoas menos conscientes não têm as mesmas angustias, mas há mais genuinidade e tal como na cozinha há momentos ácidos e momentos doces.
De onde lhe vem a sua elegante provocação?
Gosto do clássico mas também gosto do inovador, gosto do equilíbrio de opostos. Qual decisão mas certa que tomou na tua vida?
Ter tido os meus seis filhos.
A sua vida já deu alguma volta de 180º?

Sim quando sai dos barcos noruegueses e estava a ganhar bastante bem e achei que não podia ter uma atitude mercenária perante a vida. Tive consciência que era o momento para iniciar o percurso que tenho vindo a fazer. Podia ter lá ficado mais cinco ou dez anos e ficava bem para o resto da vida, mas mais do que o dinheiro o que me interessava era desenvolver um projeto exemplar.
O dinheiro está cá para nos servir?
Completamente. Não o desprezo, mas não faz parte das minhas ambições ter muito dinheiro. É uma ilusão, as necessidades mudam conforme a quantidade, se temos um temos necessidade de gastar um se temos dez gastamos dez. Devemos ver o dinheiro da forma mais simples: serve para tratar de transações. O dinheiro não compra a honestidade não compra a honradez e os valores mais importantes da vida não fazem parte do mundo dinheiro. O dinheiro não compra amor, não compra felicidade. Como é que a palavra ‘honra’ se define na sua vida?
É fundamental. Para respeitar os nossos limites e os limites dos outros. O que o faz ser uma pessoa frontal?
Apurei a minha frontalidade nos meus dias de Holanda. No início como latino estranhava, mas aprendi a dizer em dez segundos o que em Portugal muitas vezes se diz em dez minutos. Onde encontra os seus maiores momentos de liberdade? No contacto com a Natureza.
E quais os seus momentos mais ‘chivalry’?
Ao final de tarde ou à noite a conversar ou na companhia de um bom livro.

14 abril 2011

eu sei quanto tempo duram as fréseas IV

as fréseas não duram para sempre, mas bastam-me apenas trinta dias para ter a certeza de que o perfume inconfundível de tudo o que devemos recolher neste tempo, deve ser colhido com mãos de veludo. obrigada ao Pedro d’Anunciação pelo artigo.



1931-2011 O Bibliófilo que descobriu primeira impressão em português

Descobriu o Tratadode Confisson, foi poeta, alfarrabista e último presidente da Câmara de Alcobaça antes do 25 de Abril. Morreu dia 14, aos 79 anos, de Parkinson.

Tarcísio Trindade, o bibliófilo que descobriu, em 1965, o mais antigo livro em português e impresso em Portugal, o Tratado de Confisson, revolucionando então a História nacional neste aspecto; poeta de um só livro, Os Meninos e As Quatro Estações, a quem a História da Literatura de António José Saraiva e Óscar Lopes previu futuro risonho; último presidente da Câmara de Alcobaça antes do 25 de Abril; proprietário da Livraria Campos Trindade na R. do Alecrim em Lisboa, transformada em centro de tertúlia literária, morreu 3ªfeira da semana passada, de Parkinson.

Tarcísio já tinha publicado o seu livro de poemas em 1960. Já cultivava amizades como a de Almada Negreiros, ou de António Tavares de Carvalho (que ele empurraria também para a actividade de alfarrabista), Francisco Hipólito Raposo, Francisco Pinto Leite, etc. Amigos dos tempos em que viera para Lisboa estudar Direito.
Mas só em 1965 é que se destacou realmente, com a descoberta do Tratado de Confisson. Era ele então um homem maduro de 34 anos, e estava a preparar-se para o casamento com a lindíssima Mafalda Oriol Pena. Aquela descoberta foi, de resto, um bom impulso de vida, já que o livro seria vendido a Miguel Quina por 400 contos – quantia elevadíssima na época. O preço seria dado como indicativo por um na altura jovem assistente universitário de Letras, José Pina Martins, que divulgou a sua existência em artigo do Diário de Notícias (espevitando a atenção de Quina), e depois baseou na descoberta a sua tese de doutoramento, apresentada em 1974.

Tarcísio pertencia a uma família de antiquários de Alcobaça. Nasceu na ala Sul do Mosteiro de Alcobaça, residência comprada pelo avô, numa altura em que o Estado vendeu bens da Igreja. A opção por Direito deu-lhe conhecimentos de latim, que o ajudavam a esquadrinhar as escritas mais antigas. Deixou o curso a meio, e começou a funcionar como um marchant de antiguidades, e sobretudo de livros antigos, por conta própria e sem estabelecimento. Vasculhava feiras, acorria a zonas do país em que se vendiam patrimónios ainda pouco explorados, e arranjava clientela. Assim descobriu, na Feira do Rastro, em Madrid, o Tratado de Confisson – que terá mostrado ao alfarrabista lisboeta Américo Francisco Marques à procura de cliente.Pina Martins conta a história num texto publicado no site do Instituto Camões. Este Tratado de Confisson, impresso em Chaves em Agosto de 1489, antecipa 6 anos a entrada da tipografia de língua portuguesa no País. Até então era oficialmente dado como livro mais antigo impresso em Portugal o Vita Christi (Lisboa, 1495). Pina Martins conta que, alertado por rumores, foi indagar à livraria de Américo Marques o que se passava. Este pô-lo em contacto com Tarcísio (que voltara a viver em Alcobaça), e com a obra. Atestada a sua autenticidade, saiu o artigo no DN, e Quina comprou-a discretamente, através de uma secretaria que dera morada falsa. Depois, perante o perigo de saída para o estrangeiro, a Polícia pôs-se a investigar, e Quina acabou por deixar a Biblioteca Nacional ficar com o precioso livro.

Em 1969, com o ‘marcelismo’, Trindade acedeu à presidência da Câmara de Alcobaça – o que lhe valeu estar preso alguns meses, depois do 25 de Abril, acusado de ‘fascista’. Foi então que se mudou para Lisboa, estabelecendo-se em frente do antiquário do seu irmão António, na R. do Alecrim.
A vida lisboeta tornou-se-lhe saborosa. Tinha uma boa casa na Lapa, onde ouvia a sua música clássica preferida (Handel e Vivaldi), e passava o dia no Chiado. A livraria Campos Trindade não era apenas um marco de livros antigos (acolheu raridades, como uma primeira edição da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto e do Dom Quixote de Cervantes, constando que esta última está hoje na biblioteca particular do Rei de Espanha, para não falar na biblioteca de Cister), mas uma tertúlia de literatos, como António Valdemar, António Pedro Vicente, Artur Anselmo, Luís Bigotte Chorão ou Pais de Brito.

E, finalmente, descobriu-se que nunca fora ‘fascista’. A imprensa regional de Alcobaça celebrou os seus tempos de presidente da Câmara, em que melhorou o ensino no concelho, fez estradas, e teve politicas sociais. Um vereador do PCP lembrou que, quando jovem, ali lançou um centro cultural, e recebeu de Tarcísio todo o apoio.
De novo a cidade o acolheu como provedor da Misericórdia, ou na direcção dos Bombeiros e do Ginásio Clube. Sampaio condecorou-o em 2003. E, em 2009, os amigos dedicaram-lhe um Catálogo, onde, a par das referências extraordinárias da biblioteca, se destaca a sua vida. Mas não voltou a ter ali casa. Tinha-a, sim, na vizinha S. Martinho do Porto, onde já os pais passavam férias, e ele e a mulher davam brado, como belo casal que faziam, nos seus melhores tempos.

12 abril 2011

A cidade na ponta dos dedos l Ainda há motivos para sorrir



Ainda há motivos para sorrir
Um elogio à praça mais bonita do mundo, um café vitorioso nas ruas mais antigas do Porto e um guia de conversação que promete largas gargalhadas nos dias que correm.

Afinal há vida no Terreiro do Paço
A Praça do Comércio tem um novo restaurante graças ao Grupo Lágrimas. Com a promessa de brunch’s e noites de fado, a carta gerida por diferentes chefes - Miguel Oliveira dos restaurantes do Casino Lisboa, Albano Lourenço com uma Estrela Michelin no restaurante Arcadas da Capela, em Coimbra, Luís Casinhas da Cantina da Estrela, ou Joachim Koerper do Eleven – tem como resultado uma cozinha simples e acessível. Nas sugestões, Raviolis negros de bacalhau com broa, Rissoto de Balsâmico com cogumelos e foie, os famosos Pissaladières (uma especialidade francesa tipo piza folhada) ou o “melhor pão-de-ló do Universo” nas versões de ovo ou chocolate. O espaço divide-se em duas esplanadas (uma para o Terreiro do Paço, outra para o Pátio da Galé), uma sala de jantar e duas salas para almoços que se revelam num ambiente ‘português kitch’ onde os almoços buffet custam apenas onze euros. Aos fins de semana há ainda direito a DJ e um bar que promete animar a mais iluminada praça de Lisboa. Terreiro do Paço
Pátio da Galé, Terreiro do Paço
Tel. 21 099 5679
http://www.lagrimashotels.com/
Seg a Sáb 12h30 - 15h/ 20h - 24h, Qui a Sáb até às 02h
Esplanada 12h30 - 24h

Mais luz na Baixa Portuense
O Café Vitória fica na freguesia do mesmo nome e mais do que um café, um bar, um restaurante ou uma esplanada a morada eleva as aberturas sempre surpreendentes da cidade do Porto. Ideal para um copo entre amigos depois do trabalho, para refeições ligeiras ou um café no jardim interior, o ambiente é intimista e acolhedor. Além dos pratos do dia para o almoço há sempre Salada de bacalhau, Ovos mexidos com farinheira ou Massa chinesa com cogumelos shitake. Nas sobremesas a Tarte de grão-de-bico, feijão e amêndoa, ou Gelado de castanha. A hora do jantar é homenageada pela sala do primeiro andar onde as iguarias se dividem entre as Chamuças de Chèvre, Salmão vidrado com Porto, Bife do lombo com frutos secos ou Javali salteado com castanhas. Nas sobremesas noturnas Salada de citrinos com gelado de caramelo, Espetada de pera e queijo das ilhas ou Toucinho-do-céu, não fosse este um café onde também se pode ver as estrelas.
Café Vitória
Rua José Falcão, 156 Porto
Tel. 22 013 5538
http://www.cafevitoria.com/
Dom a Quar 12h – 24h, Sex a Sáb 12h – 02h, Encerra à Ter ‘Com a pronuncia figurada das palavras inglesas’
A edição limitada da editora Atlas Projectos, sediada entre Lisboa e Berlim apresenta uma re-impressão ‘verbatim et literatim’ do primeiro guia de conversação Português–Inglês. Originalmente editado em 1855, este guia de José da Fonseca e Pedro Carolino dá mais azo a riso do que a sentido. A lacuna causada pela literalidade – o que se perde na tradução – leva-nos a reavaliar e refletir sobre a linguagem e as estruturas linguísticas que tomamos como garantidas. Uma forma de contornar o que aconteceu ao guia, até hoje a circular em países de língua inglesa como livro de humor – especialmente na famosa re-edição de Mark Twain, 1883 – e trazê-lo para uma condição próxima do original, tanto no conteúdo como na forma impressa que assumia quando foi criado.
‘O Novo Guia de Conversação, em Portuguez e Inglez, em duas partes’
Fabrica Features
Rua Garrett, 81 – 4º Lisboa
Tel. 21 32 56 764
http://www.fabrica-features-lisboa.blogspot.com/
Seg a Sáb 10h – 20h
Livros e Edições de Autor
Rua da Boa Nova, 168 Porto
Tel. 22 609 5537
http://www.inc-livros.pt/
Qua a Sex 16h – 20h e Sáb 15h – 20h
Também pode encomendar online www.atlasprojectos.net ou fazer o download no Google Books
PVP Recomendado €18

11 abril 2011

our 'creamy, flaky custard tarts'


o artigo do The Guardian colocou os nossos pasteis de Belém em 15º lugar na lista'The 50 best things to eat in the world, and where to eat them'.

'Creamy, flaky custard tarts – served warm with cinnamon – are one of Portugal's great culinary gifts to the world. The original pasteis café in the Belém district of Lisbon, next to the monastery where the dessert was invented, is still the best: their secret recipe has been guarded since 1837. Sit down with a plateful, and a strong coffee, and you'll understand why more than 10,000 tarts are baked here every day.' mais aqui.

08 abril 2011

o estado da nação II

o ar anda pesado, mas confesso que quando a brisa atlântica me atravessa imagino que um dia ainda possa ser possível. ser possível voltar a acreditar no país que insisto em não abandonar.

hoje limito-me a abrir uma pequena janela, enquanto me responsabilizo em agarrar todos os antídotos fulcrais aos dias que correm. afinal de contas, tristezas não pagam dívidas.

07 abril 2011

Lisboa no ranking das 10 cidades mais bonitas do Mundo



'Lisboa tem uma atmosfera singular, difícil de encontrar noutras cidades.Estando num local tão espantoso, não admira que muitos dos maiores exploradores do mundo se interrogassem sobre que outras belezas estariam para lá do horizonte quando daqui partiram no século XV, acrescenta o ucityguides.com'. mais aqui.

Peixe em Lisboa

O Peixe em Lisboa começa hoje e vai animar Lisboa até 17 de Abril , aumentando de nove para onze o número de dias de duração deste evento gastronómico que regressa ao Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, com mais novidades. Este ano estão já confirmados três jovens chefes de origem portuguesa a trabalhar no mundo da alta cozinha, respectivamente em Londres, Nova Iorque e França: Nuno Mendes (uma estrela Michelin), George Mendes (uma estrela Michelin) e Serge Vieira (uma estrela Michelin). mais aqui.

06 abril 2011

Lisboa nos dez mais



apanhada pela Time Out nos dias em que a Smart Studio andou por Lisboa, com os pés assentes num país escalavrado, numa cidade em obras e sorrisos que temem rasgar-se mesmo nos dias que se mostram mais quentes. MAS hajam boas notícias como a que Lisboa ter sido incluída na lista dos dez melhores destinos de turismo de negócios de 2011 da cadeia 'Great Hotels of the World'.

04 abril 2011

mais Pritzker



veja o video aqui.

03 abril 2011

o estado da nação



em tempos que não se aproximam dourados, parece que eu vou contando com a chuva de Sakamoto para me ir limpando 'a morte dos dias'.

02 abril 2011

eu sei quanto tempo duram as fréseas III

não eram os seus preferidos, mas mesmo sem Handel ou Vivaldi foi Tchaikovsky que me devolveu por momentos as mãos de veludo.


o filme é soberbo.

01 abril 2011

29 março 2011

mais um nobel da arquitectura para Portugal

Perante um presente tão frágil, um Pritzker para Portugal é uma lufada de ar fresco. 'Nascido em 1952, no Porto, Eduardo Souto Moura é o segundo arquitecto português a receber esta distinção, depois de Álvaro Siza Vieira ter vencido em 1992. O arquitecto sucede, assim, nomes como Oscar Niemeyer (1988), Frank Gehry (1989), Norman Foster (1999) e Zaha Hadid (2004). No ano passado a Fundação Hyatt distinguiu a dupla de japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa.'
mais aqui e aqui.

'Lisbon’s Culinary Golden Age?'


'Lisbon’s culinary scene is witnessing a remarkable evolution, with a handful of chefs concocting new takes on bacalhau and other traditional staples. At least a dozen ambitious upstart restaurants have opened in the last few years, headed by the country’s small but growing group of celebrity cooks, many of whom have worked abroad.' As palavras são do New York Times, continue a ler aqui.

GQ l pelas ruas da cidade


Um conceito só para alguns

Esqueça tudo o que imaginou sobre ginásios em Portugal. O Envy intitula-se ‘só para alguns’ porque tem a promessa de número de sócios limitado e a garantia de não ter de correr para apanhar uma senha para qualquer modalidade. As poucas vagas permitem um acompanhamento personalizado e no coração do Chiado, com um conceito acolhedor e familiar, o Envy foi pensado até ao mais pequeno detalhe. Na esperança que a má escolha do nome ‘Envy’ podia honrar a última palavra dos Lusíadas de Luís de Camões, a ‘emenda’ não honra o soneto, já que a escolha infeliz do mesmo defende a ideia de que quando ‘somos felizes os outros têm inveja’. Não seria um espaço de bem-estar, uma morada para nos sentirmos longe de uma palavra negativa como esta? Nome muito mal escolhido à parte, a verdade seja dita, a atmosfera do Envy lembra um boutique hotel e só por isso merece a visita. Equipado com máquinas e aparelhos Technogym de última geração para treinos cardiovasculares e treinos de força, o ginásio de mil metros quadrados, gerido por Carla Gaspar e com o professor Bruno Caseirito como director técnico do ginásio, tem ainda três estúdios para prática de várias modalidades como aulas coreografadas de step, ritmos latinos, zumba, localizada, bosu, TRX, aulas de abdominais, aulas de glúteos, Pilates, Yoga, Indoor Cycle e programas Les Mills. Há direito ainda a banho turco, serviço de lavandaria que lhe trata do equipamento para o treino seguinte, massagens e um pequeno jardim interior que no futuro acolherá eventos culturais. A pensar na energia do bairro, o Envy Health & Fitness pensou também num restaurante, o Naturalliving que abre às oito da manhã para servir pequenos-almoços buffet. Os almoços vegetarianos - possíveis também em take away - com direitos a sobremesas que vale a pena comer com os olhos, estendem-se ao conceito buffet a um preço muito convidativo. Aos Sábados e Domingos há brunch das dez da manhã até às quatro da tarde e uma esplanada que promete os mais saudáveis raios de sol do Chiado.
Envy Health & Fitness
Rua do Carmo, 29 Lisboa
Tel. 213 246 060
http://www.envyclubs.com/
Seg a Sex 7h - 23h
Mensalidades a partir de €80 (os moradores da zona têm desconto)
Pequeno-almoços buffet €6
Almoços buffet €9,50

25 março 2011

22 março 2011

A cidade na ponta dos dedos l uma capital com superpoderes



Um brunch que prepara as energias da semana, uma máquina que promete revitalizar a hora do café e muitos pós mágicos para espalhar beleza pela cidade.

As baterias carregam-se à beira do Tejo
A Bica do Sapato abre portas agora também ao Domingo para oferecer um dos mais abençoados brunch’s da cidade. A mesa prende-nos pela variedade do pão, as bôlas de alheira e morcela, as carnes frias, os queijos, ou o salmão marinado. Há ainda cereais e os iogurtes, pastelaria, compotas e doces - como o de figo com nozes - fruta, doces e bolos como as farófias e os ducheses. Nos quentes as salsichas frescas, os cogumelos, os tomates assados, o bacon, os ovos mexidos, estrelados ou benedict. Ainda pratos que passam pelas saladas, pelas massas quentes, pela carne e pelo peixe e que mudam todas as semanas, sempre acompanhados de gratinado de legumes, legumes assados, batatas a murro ou batatas fritas caseiras às rodelas, sempre com a cenografia do Tejo incluída.
Brunch Bica do Sapato
Av. Infante Dom Henrique, Cais da Pedra a Santa Apolónia,
Armazém B, Lisboa
Tel. 218 810 320
www.bicadosapato.com
Dom das 11H50 às 15H30
€25 (não inclui bebidas)

A mais inteligente e compacta de sempre
Muito mais do que se vê, a nova máquina Nespresso lançada em Lisboa com a energia dos La Fura dels Baus chega mais inteligente, rápida e intuitiva. A Pixie permite reduzir o consumo de tempo, espaço e energia, preservando o café perfeito. Através do seu elegante e compacto design, com painéis laterais em alumínio de inspiração industrial minimalista em seis vibrantes cores, a Pixie aquece em menos de 30 segundos, dispõe de um controlo automático do volume de café servido na chávena e desliga-se automaticamente após 9 minutos de inatividade, consumindo 40% menos energia. A mudança de cor da retro-iluminação indica sempre que está pronta ou é necessária a colocação de água no reservatório, ou seja uma máquina com tudo incluído, exceto o George Clooney claro.
Nespresso Pixie
Rua Garret, 8 Lisboa
Norte Shopping, Loja 0448 Porto
Encomendas 800 260 260
www.nespresso.com
Pixie €149,99

Para super mulheres
A nova linha poderosa da M.A.C. voa numa linha composta de um super mineralize skinfinish, eye shadow quads, máscara opulash, baton, blush em pó, penultimate eye liner, verniz nail lacquer e pigmentos prateados e dourados, para espalhar o poder da luz sobre a cidade.
M.A.C. Wonder Woman
www.maccosmetics.com
M.A.C. Lisboa
El Corte Inglés
De 2ª a 5ª das 10h - 22h, 6ª e Sáb das 10h - 23h30
Tel. 91 661 09 85
M.A.C. Porto
El Corte Inglés Vila Nova de Gaia
Seg a Sáb 10h00 - 23h
Tel. 22 371 63 99
Produtos a partir de €14,50

artigo publicado na Revista Única do Expresso a 12 de Março de 2011

1931 - 2011 l na extensão do silêncio



A imagem não é de Lisboa, mas isso não é importante. De Lisboa e do meu Pai guardo imagens inegáveis sempre que descíamos o Chiado, a caminho do batido de morango e das bolachas de framboesa que imortalizaram a montra da Pastelaria Ferrari. Ainda o Queque e o Tody na pastelaria Parisience, onde hoje reside o bar do Hotel do Bairro Alto ou o colo que ultrapassava a altura dos meus queridos irmãos, apenas para observar a beleza do Tejo da janela da nossa casa.

Esta era uma das músicas que mais elevava o seu silêncio, sempre tão intacto e que agora inunda o legado das salas agora vazias. As páginas dos jornais escrevem que o meu Pai 'não era um homem de sorriso fácil, mas um homem de grandes causas e de coração humilde'. Para além do mestre da extensão do silêncio existiu o Homem. Um Homem amado por um povo, que no dia da sua partida, com os rostos rasgados de emoção se agarravam às minhas mãos com a reverência ao 'grande ser humano', 'um dos mais conhecidos e respeitados livreiros alfarrabistas de Lisboa, um homem de cultura, que deu uma importante contribuição à história do livro em Portugal pelas obras raras que localizou e pelas informações reunidas ao longo dos anos em que marcou a actividade livreira na cidade de Lisboa'.

Privilegio a homenagem feita em vida e a consagração no dia da partida. Em honra à sua vida assisti a uma cidade que se ajoelhou de ternura e agradecimento ao Homem que tinha contribuído para a história da literatura em Portugal, nunca esquecendo a missão cívica e social, mas também o tão esquecido projecto de humanidade que se incendiava com a biblioteca de Cister 'a arder por trás'.

No primeiro dia de Primavera também eu me elevo na sua partida.
Seja na vela que não se apaga, seja nas suas mãos,

as mãos de veludo.

smart.studio. Lisbon l urban view

só o Universo sabe como fui capaz de gravar isto num dia que se aproximava tão delicado, mas como diz o grande Mestre , 'lady or not' no momento que os panos abrem, a entrega possível.



'A glove store, a shop with traditional Portuguese products and a bar that actually used to be a grocery store - see which places our host Pete Nottage and local scout Sancha Trinade visited in Lisbon, Portugal'. mais aqui.

15 março 2011

eu sei quanto tempo duram as fréseas



1931 - 2011. há muita, mesmo muita coisa que fica.

14 março 2011

smart.studio. em Lisboa



torne-se fã aqui e aqui, explore o conceito aqui.

09 março 2011

smart.studio Lisboa l the teaser




para quem está curioso sobre o estúdio mais pequeno do mundo aqui fica o teaser. para a semana há mais.

smart.studio. em Lisboa II



pois foi. a Time Out pediu-nos boleia e eu e o repórter londrino Pete Nottage aceitámos. depois de cidades como Roma, Paris, Londres, Berlim e Barcelona, finalmente o smart.studio em Lisboa.
veja a reportagem numa Time Out perto de si.

08 março 2011

a luta é alegria II

"Temos de ir ao cerne da questão para ir buscar o positivo. Aceitarmos ter sucesso e não sermos ricos. É o preço para ter liberdade é não ser rico. Às vezes o preço de fazermos o que queremos é não termos assim tanto. Nestes períodos de crise que vemos que afinal não precisamos assim tanto. Não precisamos do último telemóvel e do carro novo e essa indústria da insatisfação que reinou nas ultimas décadas, a indústria das mentes inteligentes que a missão delas é tornar-nos insatisfeitos, para comprar mais e gastar mais. Nós sabemos que não precisamos assim de tanta coisa para estarmos bem, e que não dependemos puramente do material, para isso a crise é muito positiva."

07 março 2011

a luta é alegria

Não é importante se a música é de esquerda ou se os Homens da Luta cantam bem. Sempre fui exigente comigo e com os outros e já era tempo de ver os Portugueses a reagirem. O que assisti Sábado à noite foi dos momentos mais deliciosos e improváveis de sempre. A votação dos distritos dava a música do Nuno Norte como a grande vencedora e enquanto o cantor já brincava com a câmera, numa atitude 'isto já cá canta' chegava ao écran a percentagem dos votos telefónicos do povo. Eu desmanchava-me a rir e os Homens da Luta, muito abaixo da lista, ganhavam o Festival da Canção 2011.
Confesso: adorei.
Haja espaço para estalos de luva branca e voz de um povo que tem por norma a passividade. Só tenho pena de não estar presente na grande manif da geração à rasca no dia doze, mas por motivos profissionais estarei ausente a lutar também pela vida, com alegria claro.





03 março 2011

muita luz no Terreiro do Paço



andei eu a mostrar Lisboa ao Pete Nottage, para a smart.studio Lisboa e um dos sonhos que lhe confidenciei, um hotel na praça mais bonita do mundo. e vale muita a pena sonhar na nossa cidade: é que vai nascer uma Pousada de Portugal, inserida num edifício histórico do Terreiro do Paço. mais do sonho aqui.

28 fevereiro 2011

smart.studio. em Lisboa



depois de cidades como Roma, Berlim, Paris, Londres e Barcelona e na presença de um dos jornalistas mais cool do mundo, Pete Nottage, o estúdio mais pequeno do mundo passou este fim de semana em Lisboa. curiosos?

torne-se fã aqui e aqui, explore o conceito aqui.




25 fevereiro 2011

a mãe sonha, a obra nasce II


para quem desconhece a história linda por trás do Tribute to Claudia, conhecido também por Vila Joya Gourmet Festival, basta entrar aqui.

24 fevereiro 2011

GQ l pelas ruas da cidade



Quando as Pizzas são Gourmet
A nova Forneria do império Estado Líquido a Santos oferece agora a Lisboa, pizzas extraordinárias cozidas num forno a lenha que pela especialidade da sua construção conseguem feitos estoicos e estaladiços. Com uma massa muito fina, cozida toda por igual e com ingredientes sempre muito frescos e sofisticados, o conceito da pizza banal é elevado. A ideia de João Matias - que tem nos últimos anos inundado Lisboa de conceitos inovadores - veio de São Paulo, onde o conceito de pizza gourmet se elevou às melhores do mundo. Os sabores estendem-se a uma extensa carta – e o difícil vai ser escolher – mas a originalidade chega pela Pizza Estado Líquido com frango e catupiry caseiro feito na hora. Há medidas para uma ou duas pessoas e a inovação vem servida numa campânula de cobre, que se abre apenas para tirar mais uma fatia, não deixando a pizza arrefecer. Como outras opções há ainda hambúrgueres de picanha, e risottos que são viagens por serem acompanhados de diferentes acompanhamentos. A destacar o Risotto de pera com peito de pato ao forno e pêra bêbeda ou o Risotto asiático com camarão, cubos de abóbora, frutos secos, aromatizado com caril. Para depois das festas pode balançar pelas saladas, como a de curgete e vieiras no forno, ou pelos carpaccios com destaque para o do nome de Estado Líquido com curgete abobrinha, queijo roquefort e amêndoas ao forno. Para sobremesa renda-se à Tarte de pera ao forno com gelado de nata ou às pizzas de Banana, calda de caramelo, leite condensado e canela, salpicados com chocolate, de Chocolate com morangos frescos ou a de Catupiry com goiabada. Durante o fim de semana o horário alarga-se, com a cozinha aberta até às 16h paramesmo fora de horas petiscar as mais crocantes e estaladiças pizzas da cidade.
Forneria Estado Líquido
Largo de Santos, 9 A Lisboa
Tel. 21 397 20 22
www.estadoliquido.com
Almoços das 12h30 às 15h, Sáb e Dom até às 16H
Jantares Dom a Qui das 20h às 24h
Sex a Sábados 20h - 2h

O D’Oliva em Lisboa, finalmente
Chegou do Porto e pelo sucesso que está a ter veio para ficar. Manuel Pimenta, Ricardo Trêpa e Paulo Freire do famoso Al Forno instalaram o D’Oliva numa perpendicular da Avenida da Liberdade. Com menus especiais para almoço (apenas €12) e muita animação ao jantar, a cozinha essencialmente italiana, orquestrada pelo genovês Chef Giorgio, que veio do Lapa Palace, conta ainda com influências lusitanas. Das pastas às pizzas, das saladas aos risottos, há ainda pratos de influência tradicional portuguesa como o Polvo grelhado, com puré de batatas e agriões de chorar por mais, famoso pela sua consistência que chega a lembrar a suavidade do veludo. Entre as especialidades da casa está ainda a Massa aglio olio, a Salada de rosbife com batata, tomate cereja, mozzarella fresca, ovos de codorniz e palmito, o Risotto nero com amêijoa, camarão selvagem e choquinhos ou o Risotto de ervas com camarão tigre, viera e manteiga de estragão. Mas de se tirar mesmo o chapéu é a iniciativa do ‘drink after business’ que num conceito do ‘aperitivi’, oferecem às sete da tarde canapés e bruschettas a quem vá desfrutar do D’Oliva ao final do dia. É o Porto a chegar a Lisboa em grande estilo.
D’Oliva
Rua Barata Salgueiro 37 Lisboa
Tel. 21 352 8292

Uma história excecional
A G.H. MUMM tem sido parceira oficial dos pódios de Formula, 1 desde 2000 e é com este título que a nova campanha da G.H. MUMM Cordon Rouge apresenta um momento de partilha, entre amigos que se comportam como campeões a celebrar as suas vitórias: borrifam-se uns aos outros com o famoso duplo magnum G.H. MUMM Cordon Rouge, o mesmo que é entregue aos vencedores nos pódios. Uma aventura humana, construída na busca de excelência e na contribuição de grandes nomes que se tornaram lendas. E a começar o ano, porque não a nossa?
G.H. Mumm Grand Prix
Avenidas António Augusto de Aguiar, Lisboa
Avenida da República, Porto
www.elcorteingles.pt
www.mumm.com
a partir de € 36

16 fevereiro 2011

more than you see



Foi lançada na passada sexta-feira no Coliseu de Lisboa a nova máquina da Nespresso. Na presença de La Fura dels Baus, muito mais do que se vê, a última inovação Nespresso, é inteligente, rápida, intuitiva e adapta-se perfeitamente ao estilo de vida contemporâneo de todos os que procuram a solução para degustar um café perfeito. Com marcantes avanços tecnológicos, a Pixie permite reduzir o consumo de tempo, espaço e energia, preservando simultaneamente a capacidade de preparar o café perfeito.

Alcançável a partir de Março de 2011, o seu elegante e compacto design, com painéis laterais em alumínio de inspiração industrial minimalista em seis vibrantes cores, reflecte um novo e ciclo no design Nespresso.

Em breve numa das minhas colunas sobre a cidade.











12 fevereiro 2011

A cidade na ponta dos dedos l Todos os sonhos do mundo



Um ginásio boutique que lhe dará energia para sonhar, uma cozinha que transpira amor e um foco de luz que promete inundar todos os desejos da cidade.

‘Só para alguns’
Por trás de um nome polémico, o Envy Health Club abriu para testemunhar que o conceito de boutique também se pode estender a um ginásio. Em tons de cinzento rato, paredes revestidas de plantas e um conceito estético que lembra facilmente um Hotel Armani, o projecto de interiores de Diogo Rosa Lã e José Pedro Vieira enobreceu o coração do Chiado. A estética estende-se ainda a um restaurante vegetariano, o Naturalliving, com esplanada aberta ao público e que promete estender os raios de sol da cidade. A dimensão acolhedora do ginásio familiar, os equipamentos do topo de gama da Technogym e a selecção dos melhores profissionais do país permitem-se a um acompanhamento personalizado fora de série e por isso com resultados excepcionais. Além das modalidades tem ainda serviços de personal trainer, banho turco, massagens, lavandaria da roupa de treino para o dia seguinte e um horário mais que perfeito para não haver desculpas.
Envy Health & Fitness
Rua do Carmo, 29 Lisboa
Tel. 213 246 060
www.envyclubs.com
Seg a Sex 7h - 23h

Comer, amar e desfrutar
Já imaginou desfrutar de tudo a que tem direito, mas com os melhores e mais equilibrados ingredientes do mundo? Todos os produtos usados nas tentações de Little Upside Down Cake são 100% biológicos e respeitam as estações do ano. Por trás dos bolos está Sanda Vuckovic Pagaimo, nascida na Jugoslávia e que inspirada por valores familiares trouxe para Lisboa memórias, como as do cheiro a pão fresco e baunilha e os momentos a testar sabores com a sua Mãe. O Little Upside-Down Cake é por isso um projecto de amor, um projecto que nos transporta ao mundo das cozinhas mais antigas, onde há tempo para cozinhar com entrega e muita criatividade.
Little Upside Down Cake
www.littleupsidedowncake.com
Tel. 91 611 1172
Encomendas com 24h de antecedência
Biscoitos de Baunilha €0,50, Bolachas de Avelã €0,40, Bolo de Banana e Chocolate €24,Cestos de Framboesa €3 Muffins €1,5

Até onde vai o sonho?
É mais um achado descoberto nos trezentos e cinquenta metros de flexibilidade de estilos e boa relação qualidade preço das originais peças da Kare no Lx Factory. Concebido de metal e vidro o aplique promete iluminar todos os sonhos do mundo.
Dream
Kare
Lx Factory Alcântara
Rua Rodrigues Faria, 113 Lisboa
Tel. 21 099 8392
www.kare-lisboa.com
Seg a Sáb 11h – 20h
€490

11 fevereiro 2011

Fora de Série Diário Económico l a vida é uma maratona

mais do que um enorme privilégio de conversar com uma grande mulher, como Ana Horta Osório, um enorme testemunho de juventude e inspiração. E hoje enquanto corria os meus catorze quilómetros à beira Tejo, superando os meus limites de sempre - no tempo e na velocidade - a lembrança da beleza das suas palavras e a certeza, de que mesmo nos dias menos bons seremos sempre do tamanho da nossa vontade. Maratonas deste país me aguardem.



'A vida é uma maratona'. Quem o diz é a futura primeira-dama da banca inglesa, Ana Horta Osório – casada com o recentemente nomeado CEO do Lloyd’s Bank António Horta Osório –, maratonista nas maiores cidades do mundo e fundadora de um dos mais conceituados spas do país, o Spatitude. Com um serviço integrado e a pensar na auto-estima dos portugueses, um valor que reconhece como essencial à felicidade de uma vida, que passada entre Lisboa e Londres nada mais é do que uma maratona para a qual “é melhor estar preparado”.
Há quanto tempo é que a Ana vive fora de Portugal?
Há quatro anos e meio, mas antes disso já mudamos sete vezes entre cinco países diferentes.
Como gere a vida entre Londres e Lisboa?
É preciso ser muito organizada e estar em boa forma física. Tenho também uma excelente equipa no Spatitude que me permite ter as portas abertas sete dias por semana, doze horas por dia. Só fechamos três dias por ano, no dia de Natal, no primeiro dia do ano e no Domingo de Páscoa.
É um privilégio viver entre as duas cidades?
Sim porque aproveito o que cada uma tem de melhor… em Portugal temos a família, os amigos, um clima e uma gastronomia óptima e a simpatia. Em Londres temos o rigor, a transparência, a organização.
Samuel Johnson dizia que “quando um homem está farto de Londres está farto da vida”. Sente-se mais viva em Londres?
A vida é intensa, mas mais calma porque é tudo mais organizado, por isso, ao contrário dos países latinos, vive-se com menos imprevistos.
Tem algum truque para sobreviver bem num país com tão pouca luz?
Vir a Lisboa de duas em duas semana (risos) e quando em Londres não pensar muito na falta dela.
Há algum lugar onde a Ana se eleve em Londres?
A correr nos parques… o meu preferido é o Richmond Park.
É um privilégio ver os seus filhos a crescer numa cidade onde “o mundo é a nossa casa”?
Sim é uma sorte e um privilégio estarem em contacto com tantas nacionalidades, religiões e experiências de vida diferentes.
Mas sei que a Ana e o António, seu marido, não acreditam na sorte…
A sorte dá muito trabalho. (risos) É uma mistura de oportunidade com preparação. Tem um filho nascido em Nova Iorque, outro em Portugal e outro no Brasil. Está a treinar os seus filhos para serem cidadãos do mundo?
Sim e nem é preciso explicar-lhes o que é a globalização.
É importante passar-lhes o testemunho de que para o sucesso deve fazer-se o que se gosta?
Sim é fundamental fazer o que nos inspira e o que nos motiva. É impossível fazer-se bem o que não se gosta. Eles observam a minha inspiração e o meu empenho no Spatitude. A grande diferença da farmácia (antes de ter o spa tinha uma farmácia) é que este projecto é mais arriscado, mas permite-me mais criatividade. Também foi muito gratificante criar um projecto desde o início.
Quando diz que o risco é maior, a que se refere?
A farmácia é um negócio mais certo, é seguro que as pessoas precisam de comprar medicamentos. O Spatitude é um projecto que tem de agradar aos clientes. É preciso de ir ao encontro de necessidades.
Custou-lhe abandonar a carreira de farmacêutica para viver fora de Portugal?
A prioridade da minha vida é a minha família, apoiar o meu marido e a educação dos meus filhos. Sendo a família a prioridade, vou tentando conjugá-la com a minha actividade profissional. Tendo estado em tantos países, gerir uma farmácia era mais complicado. O Spatitude permite-me mais flexibilidade e tento conjugar tudo o melhor que posso, mas a família é e sempre será o mais importante de tudo.
Mas a farmácia acaba por ser muito importante para o nascimento do spa.
Sim principalmente na selecção dos produtos e dos tratamentos. A parte técnica da saúde está muito presente e ajuda-me a ver sempre a pessoa como um todo.
O spa nasceu de um sonho concretizado ou foi uma oportunidade?
Eu abri o Spatitude em 2004, quando não havia nenhum spa em Lisboa.
Os portugueses gostam de se mimar?
Sim e os clientes evoluíram muito rapidamente, tornando-se cada vez mais exigentes. Porquê o nome Spatitude?
Porque eu gosto de uma atitude de bem-estar perante a vida, uma atitude onde haja espaço para relaxar, centrar, parar, equilibrar…
O Spatitude tem uma grande inspiração tailandesa porquê?
A Tailândia é uma inspiração, porque a Ásia tem grande tradição das massagens de relaxamento aliado a um serviço espectacular.
Mas a inspiração veio de uma viagem?
A inspiração tem a ver com o facto de eu ser farmacêutica e estar interessada no bem-estar das pessoas. Quanto tinha a farmácia e senti uma certa incapacidade de resposta da medicina tradicional nas doenças da civilização, como as insónias, a ansiedade e o ‘stress’. Entre os pacientes que regressavam para comprar mais medicamentos, as viagens e a minha experiência pessoal a lidar com as pessoas, concluí que é obrigatório parar e repensar uma vida que hoje em dia é muito acelerada e cheia de ‘stress’. Quando pensei abrir o Spatitude fui nessa direcção. A massagem é um ritual que nos faz parar, desligar do frenesim e o ginásio é um complemento porque, além da nutrição, o exercício físico é o relaxamento aliado à beleza. O bem-estar assume um conceito integrado no Spatitude. Também por uma economia de tempo, uma economia financeira e porque numa vida em que o tempo é escasso, se a pessoa conseguir fazer tudo no mesmo sítio facilitamos a sua vida. O que a inspira na Ásia?
A tranquilidade, a doçura, o sorriso, o serviço onde o cliente é sempre o mais importante. Ainda a importância de que depois da experiência o cliente saia transformado e volte à cidade equilibrado e pleno de energia. Dessa inspiração, o Spatitude tem como missão o encontro do cliente com o equilíbrio, seja através do Ritual das Águas, seja através das massagens, do desporto, da consulta de nutrição, ou da meditação.
Mas cada caso é um caso?
Sim, cada cliente é único e individual e nós procuramos sempre o programa ideal para cada pessoa. Os nossos clientes têm no início uma consulta de naturopatia para um diagnóstico orientado para os tratamentos que deve seguir e uma consulta com o director técnico do ginásio, o qual estuda o melhor programa de treino. Faz toda a diferença treinar acompanhado e o relaxamento é um complemento que alinha a sintonia com o próprio corpo, vitalizando forças para o ritmo de vida. A vida é uma maratona e é melhor estar preparado para ela.
Houve alguma razão específica para escolher o ‘designer’ de interiores Bruno Viterbo?
Sim, porque já conhecia o trabalho da Graça Viterbo e porque o Bruno é especialista em spas.
Além da Tailândia viajou de propósito para outros países para conceber o spa?
Não. Fui apenas às Filipinas a um congresso de spas asiático. Mas como viajo bastante aproveito sempre para experimentar novos tratamentos e conhecer os spas do mundo. Procuro sempre ver o que de melhor se faz lá fora, para ter a certeza que o Spatitude acompanha a excelência.
São setecentos metros de paraíso no meio da cidade… é um espaço ambicioso?
Para ter um espaço integrado com o ginásio, piscina, zona de relaxamento, salas de tratamento, tinha de haver espaço para diferenciar as diferentes ambientes. Foi um grande investimento?
Sempre achei que Lisboa merecia ter um spa de nível mundial e foi com imensa alegria que investi no meu país. Estive em Nova Iorque em Novembro passado e fui a quatro spas diferentes e o que de melhor se faz lá fora também se faz aqui. Não consigo recriar o ambiente das Maldivas, mas para um ‘day spa’ acredito que não é possível criar um espaço melhor que este. Qual o ponto de excelência do Spatitude? A qualidade é a minha maior preocupação e o criar um ambiente onde a pessoa se sinta transportada para uma atmosfera muito relaxante, em que possa parar, respirar profundamente voltando aos seus ciclos naturais. Gosto da ideia que numa hora sinta que recarregou as baterias para voltar a enfrentar a cidade. Excelência na qualidade, mas com bons preços. Como se consegue?
Com uma enorme atenção aos custos, sem nunca perder o serviço de elevada qualidade. Sempre achei que o bem-estar tem de ser acessível.
Há um forte conceito de fitness no Spatitude…
Sim porque acredito que o que mantém a pessoa jovem é o exercício físico. Até para ter um bom rendimento profissional é essencial não apenas comer bem e dormir bem. O exercício físico é fundamental.
O ambiente é muito reservado. Há muitas pessoas à procura da privacidade?
Sim. As pessoas que vêm aqui para treinar, não para fazer amigos e encontrar pessoas. Vêm com o tempo contado ao minuto, à procura de um serviço ‘taylor made’ com muita flexibilidade de horários e procurando através de treino personalizado atingir resultados mais rápidos.
E há mimos como o serviço de lavandaria, em que o cliente deixa o equipamento e quando regressa está tudo lavado e engomado pronto para outro treino.
Sim, achei importante porque as pessoas têm pouco tempo e é muito conveniente que não se preocupem com o transportar e lavar o equipamento. De um treino para o outro, deixam cá os ténis e a roupa usada, a qual estará pronta a usar no treino seguinte. Ou seja, no fundo o que fazemos é facilitar a vida dos clientes numa vida que é complicada.
O cliente sempre como missão?
Sim, porque estamos no centro da cidade em termos de escritórios e eu sempre quis ter um spa o mais ‘user friendly’ possível. Para ajudar o cliente a organizar o seu tempo e para não haver desculpas, o Spatitude pensa em tudo. Desde tratar do equipamento para o treino seguinte, preparar um pequeno-almoço antes do treino, um almoço para depois… só falta mesmo apertarmos os ténis (risos).
Como faz a escolha dos produtos utilizados no Spatitude?
Sou muito rigorosa na selecção. São todos orgânicos, de extrema qualidade e que se enquadrem na nossa filosofia com inspiração ayurvédica. Como os chás de Pukka ou os produtos da Mama Mio, uma marca biológica americana de que gosto muito. Tem a ver com as mulheres e com produtos fundamentais para os três trimestres da gravidez com tratamentos específicos e que ajudam também na recuperação pós parto. Tem também tratamentos específicos localizados para tonificação, recuperar firmeza e reduzir gordura localizada, com uma filosofia muito positiva, pedagógica e com grande humor. E escolheu a Avenida 5 de Outubro por alguma razão?
A minha farmácia era na Avenida Duque D’Ávila. É o centro da cidade e durante quatro anos tive os dois negócios e também se deveu à proximidade para poder estar presente nos dois espaços.



Acredita no poder da mente?
Sim.
Foi por isso que depois de ter fumado dezoito anos, se tornou maratonista aos quarenta anos?
Sim, a força de acreditar de que que sou capaz. A força de vontade move montanhas. A Ana sempre foi uma desportista?
Sempre fiz ginástica mas à medida que o tempo foi passando fui-me consciencializando da necessidade de aumentar a quantidade de exercício que faço para me sentir igualmente bem.
Qual a maior razão para se impor a esses objectivos, como fazer a maratona de Nova Iorque?
Fui muito influenciada por amigas minhas a viver no Brasil e aos quarenta anos decidi que tinha chegado o momento. Se a pessoa acreditar que é capaz consegue tudo na vida.
O exercício físico é só o princípio?
Sim, dormir bem, comer bem e cuidarmos de nós é fundamental.



A Ana tem algum segredo para a sua juventude?
O equilíbrio é importante, mas como corredora sou disciplinada e estou sempre a querer melhorar.
Pode partilhar as mais elevadas tentações?
Sim, ‘macarrons’ da Ladurée e doces de ovos em dias de festa (risos).
Acha que alimentação é importante para o alinhamento energético? Sem dúvida, somos o que comemos. O açúcar, por exemplo, é cancerígeno, pois tem um efeito inflamatório no nosso corpo e em todas as nossas defesas. Com o excesso de açúcar no nosso organismo, o sistema imunitário em vez de estar a combater a células que se estão a tornar cancerosas, pelas pequenas transformações no material genético devido a poluição, ao sol, ao ‘stress’, estão ocupadas a tratar da inflamação que os açúcares provocam, sobrecarregando assim o nosso organismo. Devemos fazer uma alimentação saudável, a menos transformada possível, ou seja, o mais simples e próximo da natureza. O nosso património genético não foi feito para acompanhar esta alimentação pós-segunda guerra mundial, com comidas congeladas e industrializadas. Mima-se muito, usa o seu spa?
Para mim é muito difícil relaxar no meu local de trabalho, estou sempre a analisar tudo e a pensar nos detalhes e pormenores. Sou muito perfeccionista e muito exigente com a minha equipa, assim como sou comigo. Mas sempre que viajo aproveito para experimentar novos spas, com a desculpa que estou a estudar a concorrência... Além da corrida faz mais algum tipo de exercício?
Sim. Pilates e Ioga, acompanhado de massagens desportivas.
Correr é um acto de liberdade?
Sim, é um Ioga mental, um tempo só para mim, onde arrumo a cabeça, elimino o ‘stress’ e arrumo as ideias. No esforço das provas, a dor passa mas o orgulho fica.
Qual a grande motivação das maratonas?
Sentir-me bem e fazer sempre melhor. Aos quarenta anos e para provar a frase que diz que “a vida começa aos quarenta” (risos), comecei a preparar-me para a maratona de Nova Iorque.
E acabou a maratona?
Sim, em cinco horas e um quarto.
Custou-lhe muito?

Sim porque era uma experiência nova, o corpo nunca tinha corrido quarenta e dois quilómetros seguidos… era um mundo novo.
Durante a corrida pensou em desistir?
Não, nunca. Em treze maratonas nunca desisti. Por muito que treine, nada me garante que estarei no meu pico de forma e as condições climatéricas podem condicionar negativamente a corrida, mas a não ser por uma razão de saúde, desistir está fora de questão para mim. Com os nossos erros também aprendemos e há maratonas que não correm tão bem porque ou não treinámos o suficiente ou porque não treinámos a correr à velocidade suposta, mas aprendemos sempre. Quando comecei a correr, dizia que não corria à chuva e na primeira maratona de Londres choveu o tempo todo, corri ensopada a escorrer água e aprendi que nunca mais iria deixar de correr por estar a chover. É importante treinar o corpo para qualquer condição climatérica, porque as maratonas muito raramente são canceladas devido as condições meteorológicas...
Somos do tamanho da nossa vontade?
Sim. Se eu corri uma maratona qualquer pessoa pode correr. A maratona não é o bicho papão que a pessoa pensa. Está ao alcance de todas as pessoas… é apenas uma questão de treino. Não é nada de extraordinário. A primeira maratona é dolorosa, mas depois sentimo-nos tão bem por ter conseguido. Costumo compará-la à dor de parto, na altura custa muito mas passado uma semana já nos imaginamos a ter outro filho.
O que lhe dá mais gozo nas maratonas?
Escolher e cumprir o plano de treinos e ver que, com todas as dificuldades da vida, mesmo quando há jantares ou quando não me apetece treinar é importante seguir esse plano de treinos escolhido. Costumo dizer que os maratonistas não têm estados de alma, o que exige uma disciplina muito importante da nossa vida. A preparação de uma maratona faz com que a pessoa tenha uma auto-disciplina, para não fazer apenas quando lhe apetece ou quando o tempo permite. É um bom treino de vida.
É por isso que os atletas são à partida mais bem sucedidos a nível profissional?
Sim porque se preparam muito e isso é fundamental para tudo, para os desafios da vida, sejam eles quais forem.
E a maior dificuldade?
São sempre os últimos doze quilómetros. Costuma-se dizer que aos trinta e cinco quilómetros aparece a chama ‘parede’. Depois dos trinta, a cabeça tem de enganar o corpo. É um jogo mental, onde penso: “foi para isto que eu treinei” e a música é muito inspiradora. Viver o momento, pensar em tudo o que treinámos para estar ali, que está a custar mas que somos abençoados por sermos saudáveis e reconhecer o privilégio de ter saúde, de ter duas pernas e de poder correr. Ajuda-me muito saber que posso estar ali a correr e a fazer aquela prova. É um privilégio ter acesso e consciência do que é uma vida saudável.
E que músicas ouve?
Muito animadas… uma verdadeira discoteca. Até os trinta quilómetros estou a absorver a maratona, o ambiente, a analisar as multidões que nos estão a ver, a vibração das pessoas a correr, a energia impressionante.



Qual a maratona que lhe deu mais gozo?
A maratona de Nova Iorque, porque a cidade é especial e é muito bem organizada. À partida da base militar de Staten Island ouvimos primeiro um gospel, depois o som dos canhões e arrancamos com a voz de Frank Sinatra a cantar ‘New York, New York’. Atravessarmos a subir a ponte de duas milhas com Manhanttan ao fundo é impressionante. Eu gosto de grandes maratonas pela experiência humana. Costuma-se de dizer que não se pode morrer sem escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore. Eu acrescento-lhe fazer uma maratona, porque é uma experiência inesquecível. Qual o seu melhor tempo?
Três horas e quarenta e nove em Berlim.
Quando acaba a maratona qual a sensação?
A recompensa do trabalho, ter conseguido e uma enorme sensação de leveza e felicidade. <
strong>Quantas vezes treina por semana? Entre quatro e cinco vezes por semana, com treinos entre quarenta minutos e três horas, faça frio, sol ou chuva… e neve também.
Qual o melhor cúmplice?
A música e a companhia.
Qual a melhor recompensa?
O duche (risos), mas eu corro para estar em forma. Dá-me uma grande sensação de ‘achievement’.
Quem corre por gosto não cansa?
Cansa-se!… mas aprende a gostar do cansaço.
E o António, apoia as suas maratonas?
Sim, vai sempre assistir e para mim e fundamental sentir, naqueles últimos quilómetros, que ele esta lá!
A serenidade da Ana lembra-me um quadro de Johannes Vermeer. Identifica-se com essa jovialidade?
Sim é fundamental manter algo de criança em nós. Uma coisa que adoro nos meus treinos de corrida diários é sentir a sensação do vento na cara. É rejuvenescedor. A frase que abre o site do Spatitude é de Henry David Thoureau e diz: “Siga com confiança a direcção dos sonhos seus sonhos. Viva a vida que imaginou”… a Ana tem a vida que imaginou?
Tenho.



entrevista na revista Fora de Série do Diário Económico a 5 de Fevereiro de 2011

'because any moment could be our last'

é um facto



dizem que quando 'life sucks' e que quando nenhuma M.A.C estrondosa tapa as visíveis imperfeições internas, que o melhor mesmo é recomeçar com uma ida ao cabeleireiro (?) haverá então salão no mundo com a vista inacreditável do Facto de Santa Apolónia?

cortam-se as energias supérfulas é um facto. a cidade, essa continua solta nos cabelos.

09 fevereiro 2011

Lisboa tem os melhores hostels do mundo



Os hostels de Lisboa voltaram a conquistar os três primeiros lugares da edição de 2011 dos Hoscar Awards, atribuídos na sexta-feira pelo Hostelworld, o maior site de reservas de hostels do mundo.

mais aqui, aqui e aqui.