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27 novembro 2010

London here I am



'um dia escreveria sobre Londres.
e de como ela se apodera das vidas privadas e as transporta sem esforço. os rostos que passam reanimam-me o espírito, impedem-me de se fixar como sucede no silêncio de Rodmell'.

dizem que a primeira impresão marca sempre. não que não conhecesse Londres. mas na convicção de que somos almas contínuas, os olhos mais maduros absorvem imagens diferentes. para primeiro dia já percebei a grandiosidade do desafio, de colocar pelas pontas dos dedos, o Rossio na Bestesga. um primeiro dia que durou dezasseis horas e que já me valeu a viagem.

por respeito à morada em papel, apenas começarei a partilhar a cidade por estas linhas, a partir de dia 4, dia da primeira coluna no Diário Económico.

agora,
a cidade que se promete branca
espera-me.

24 novembro 2010

on my way to London



estou de partida para Londres, por um mês, para escrever uma coluna especial sobre Londres (amazing people, amazing places) para o Diário Económico. poderão acompanhar a cidade europeia mais apetecível do Natal nesta morada, mas principalmente pelo Outlook - suplemento de sábado do Diário Económico - nos dias 4, 11, 18 e 24 de Dezembro.

na mala da viagem, muita cápsulas Nespresso. não apenas por elevar tanto o conceito das cidades que nos movem, mas porque ser patrocinador das minhas ponta dos dedos, num mês em que teve a nobreza de lançar uma das campanhas mais humanas deste Natal. imite o gesto aqui e aqui.

23 novembro 2010

PersonalTime Newsletter | Dezembro 2010



Dezembro regressa-nos às mãos depois de mais um ano vivido. Num tempo que se deseja cada vez mais pessoal, a grandiosidade da existência de um projeto que todos os anos renasce para única e exclusivamente melhorar a sua qualidade de vida. Enquanto o Chiado já se invade de luz, não deixe de experimentar o restaurante do momento, o Bistro 100 Maneiras, ou de brindar com uma edição exclusiva de Cristian Lacroix para a Chivas Regal. Peças-nos ajuda para a compra dos presentes com as novidades personalizáveis da Louis Vuitton. Com uma agenda que atravessa o Atlântico não perca também uma noite de estrelas, numa cama que o vai fazer sentir como um rei e na companhia das palavras quentes de Vinicius de Morais desejamos-lhe um Natal onde todos os anos ‘nascemos, imensamente’.

explore a PersonalTime aqui e a newsletter deste mês aqui.

on my way to

22 novembro 2010

dizias tu do vento?

o que quer que seja
que nos move enquanto a vida nos atravessa,
e enquanto me preparo para abandonar por momentos esta cidade, retenho-me nas palavras.

talvez fosse o dia.
o dia perfeito, em que de mãos abertas no Rossio te entregaria esta mensagem.

bilhete de embarque



as viagens iniciam-se sempre antes de partirmos.

20 novembro 2010

bricklane


'no one told me there are different kinds of love. the kind that starts deep and slowly wears away; that seems you will never use it up and then one day it is finished. then there is the kind you do not notice at first but which adds a little bit to itself every day like an oyster makes a pearl, grain by grain, a jewel from the sand. that is the kind I have come to know'.

mais aqui e aqui.

19 novembro 2010

GQ l pelas ruas da cidade



No fogo da genialidade
Foi uma viagem atribulada, mas que pela sua genialidade se declara como um grande espaço a engrandecer Lisboa. As nossas cidades têm este potencial imenso, de serem ainda maiores quando se aproveitam por si só. E se o carismático Malaca junto ao rio foi ateado pela intensidade do fogo, enquanto não se recupera a oportunidade de continuar a servir os melhores pratos asiáticos da cidade aproveita a genialidade de se instalar na majestosa livraria Ler Devagar, no Lx Factory. Chego a horas com o meu amigo Alfaiate Lisboeta e impressionados pelo espaço industrial – onde se almoça e janta entre antigas máquinas de impressão recuperadas que limpas e iluminadas são até usadas para guardar copos ou garrafas – estamos sem dúvida presente um espaço único. A noite estava gelada e eu confesso que sofri com a corrente de ar, a nossa mesa à janela tinha uma luz proibida branca e forte – aconselho a reservar as mesas entre as máquinas no meio da sala – e o serviço atribulado chegou até a ter a sua graça, pela vontade atrapalhada em várias línguas. Por momentos senti-me em Nova Iorque, mas estava em Lisboa. Não adorei o serviço, mas, como filha de um alfarrabista senti-me em casa e se as leituras precisam de ser lidas devagar, no Malaca Too o epílogo foi rapidamente positivo. Perante as extraordinárias iguarias de Yoon Chin: tempuras perfeitas, caranguejo de casca mole (Malahai), vieiras Tori em sake e molho de soja, crepes viatenamitas, o obrigatório caril vegetariano ou o arroz cozido em leite de coco com amendoim, pepino e sambal de camarão (Nasi Lamak) sobra ainda tempo para agradecer um espaço que me transporta à imensidão de outras formas.
Malaca Too
LX Factory, Rua Rodrigues Faria, 103, Alcântara
Tel. 96 710 4142

Sim, vale a pena preservar
No edifício tão presente que é a Villa Souza no Largo da Graça, surge mais uma descontraída sala de jantar para ser aclamada na minha querida cidade. Com Lisboa aos pés no miradouro a poucos passos, a grande vontade de recuperar tertúlias entre quatro paredes devolveu-nos o Botequim da Graça. Fundado por Natália Correia em 1968, com Isabel Meyrelles, Júlia Marenha e Helena Roseta, foi aqui que durante as décadas de 70 e 80, se reuniam viajantes de mente como Fernando Dacosta a David Mourão-Ferreira, António Alçada Baptista, José-Augusto França, Luiz Pacheco, Ary dos Santos (obrigada pela letra do Homem da Cidade) ou José Cardoso Pires. Encerrado após a morte de Natália Correia em 1993, ainda reabre como sede da Fundação José Afonso ou mais tarde como uma livraria infantil, o Pequeno Herói. Hoje recuperado a cores que elevam tantas palavras e memórias, o Botequim engrandece a minha cidade das nove da manhã à meia noite e meia. E entre mobiliário antigo, paredes vintage e livros, muitos livros, a morada que transpira boa música oferece ainda um serviço acima da média. Das minhas experiências anoto das sugestões das paredes, a salada de cuscuz com vegetais grelhados, mas se permanecer passa apenas por dedos de conversa, acompanhe a boa experiência de um licor de figo e da deliciosa programação cultural.
Botequim
Largo da Graça, 79/80
Tel. 21 888 8511

Quanto brilho cabe na criatividade de Lisboa?
Pela primeira vez na história da marca sueca, o formato da garrafa foi reformulado com a transformação do seu acabamento numa textura de vidro cinzelado. Se a ideia de cristalino, tem como missão ‘o transporte a uma obra de arte contemporânea que explode luz, vibração e energia em todas as direcções’, o meu brio cultural leva-me a imaginar que poderia ter sido inspirada nos nossos copos da Marinha Grande. Lançada no (muito bem escolhido) Clube Ferroviário, uma viagem que nos convida a entrar na carruagem do ‘aqui e agora’ ou nas palavras absolutas ‘the present is precious, now make it exceptional’
Absolut Glimmer
Preço recomendado €14

18 novembro 2010

na importância das páginas


ainda sobre este post (que me vai perseguindo deliciosamente) e sobre a importância das páginas, recebo pelas mãos da Presidente do Instituto Camões uma verdadeira revolução tecnológica. para ver aqui.

17 novembro 2010

'o coração dos homens'



respira fundo. 'Porque é fim-de-semana e tens sentido a tristeza gasta de um falhado, sai da cama devagar, abre as janelas e toma um bom pequeno-almoço – omelete de tomate, laranjas espremidas com as mãos, pão alentejano no consolo da torradeira. Depois, quente e preguiçoso, regressa aos lençóis frescos, encontra o teu sítio na almofada e se tiveres a fortuna de poder beijar alguém, pousa primeiro os lábios na curva entre o ombro e o pescoço. Então, ataca, mas que sejas leve, que tenhas tempo para tudo. Mais tarde, já com o coração a reduzir o galope, os músculos em levitação e a boca a pedir água, podes dormir mais. Hoje, não ligues o telemóvel, abdica de narrar a tua vida em emails e redes sociais. Não alimentes a electricidade estática do teu cérebro nem a ansiedade televisiva de querer saber tudo em tão pouco tempo. Tem calma. Caminha longe dos motores, procura um jardim onde ainda sobrevivam buganvílias. Não digas nada. Experimenta viver sem ruído. No final da tarde liga aos teus amigos ou fala com a família. Marca um jantar, pega numa faca e acende o fogão, serve vinho a quem aparecer, toca no corpo daqueles que te fariam falta se ficassem doentes e toca-lhes porque também precisam. Nunca nada é tão dramático como parece. Vai ser fodido, Portugal, mas quando tudo parecer em chamas lembra-te do admirável poder do toque – a cara barbeada do teu pai quando o beijas, a mão que te compõe a franja, um pé procurando outro pé, sobre o lençol, a meio da noite – e talvez percebas que tudo tem que voltar a ser muito mais simples'.

texto de Hugo Gonçalves para o jornal i

e tu já sorriste hoje?

16 novembro 2010

no dia em que fiquei cego

na distância dos mal entendidos do mundo, o movimento da cidade.
e nos dias em que volto a abraçar palavras de Al Berto, quando escreve que 'no dia que fiquei cego decidi ser fotógrafo', o refúgio no testemunho das músicas do carteiro, ou a grande dúvida,

a que distâncias deixamos tantas vezes o coração?

15 novembro 2010

no andar atlântico

depois de me ter cruzado com Jonh Malkovich no encerramento do Estoril Filme Festival e de ter assistido ao discurso de Paulo Branco, confirmo que para qualquer associação é preciso coerência. e o que eu mais gosto do novo anúncio da marca que tanto elogia as cidades - e não caiamos no facilitismo de dizer que esta marca é um producto de excelente marketing (facto inegável) - é a consistência com que escolhe os seus embaixadores.

na senda da verdade, as palavras do realizador do anúncio Grant Heslov: 'não é segredo que o George tem uma casa em Itália, onde um grande grupo de amigos se reúne de tempos a tempos. na cozinha há uma máquina Nespresso e, de manhã, toda a gente se levanta e se reúne à volta desta máquina para fazer o seu café, portanto foi divertido ter tido a possibilidade de fazer um filme acerca de um produto que está tão enraizado nas vidas destes amigos.”

no andar atlântico bebe-se voluto, mas há mais aqui.

14 novembro 2010

epiphenomenalism



'happy the man, and happy he alone who in all honesty can call today his own. he who has life and strength enough to say 'yesterday's dead & gone - I want to live today'

'talking walking sleep and dream'



'O excesso e a rapidez de informação, de comunicação, da mudez e surdez, que determinam em muitos casos a insegurança, o isolamento e a solidão modernas, alimentados pelo vício recente da navegação no ciber-espaço, estimulados também pela vivência e o stress, principalmente de quem vive nas cidades, que se agravam por uma melancolia geral instalada pela presente crise económica e financeira que vivemos no presente, conduzem-nos a estados românticos de eleição e de memória de lugares ou seres distantes e terapêuticos, em certos casos muito próximos, apaziguadores e aprazíveis, mas muitas vezes impossíveis de alcançar no momento, muitas vezes só presentes na memória, mas de forma confusa e residual. As imagens e mesmo o espírito surgem desta forma sinestésicos, entre a pulsação acelerada do ruído e da poluição da informação visual e verbal do presente que se confronta e acelera a memória desses lugares-tempos-paraísos distantes, como paisagens campestres, bosques, ou determinados valores, lugares, espaços, pessoas, geografias e mapas que nos estão no íntimo e no espírito mais próximos, mas muitas vezes distantes e interditos.

O resultado é esta sinestesia imagética e vivencial, resultantes de um certo cepticismo e descrédito e por momentos de uma certa anti-esperança, transportando-nos ao cansaço do quotidiano e também ao cansaço físico e cerebral, alimentados também pela constante negação na navegação do estado presente, também agravados pela instabilidade política. Estas arbitrariedades constantes e presentes mais nos fazem avivar a memória de lugares e momentos apetecíveis mas distantes, de outras recordações variadas, extraídas da memória, das nossas vivências, que vão desde fragmentos de simples filmes cinematográficos a registos mais personalizados, muitas vezes proibitivos e prisioneiros em sí próprios, por vezes muito próximos, não apenas na nossa memória, mas também na nossa geografia. O desgaste e o choque mental e do espírito, num confronto e luta constante entre o desejo de um mundo melhor e o stress ou as contrariedades do presente, levam-nos assim a um estado de sonolência provocado pelo cansaço acumulado, mas também nos acorda para o sonho e o desejo, por vezes do desconhecido, ou da presença de pessoas, ou de entes próximos, fazendo-nos ao mesmo tempo acordar, mergulhar e sonhar com determinadas imagens e formas de paisagens ou lugares distantes, edílicos, de lugares libertinos convidativos, de uma espécie de floresta dos sonhos, mas que muitas vezes nos são, no momento e não só, como se disse, proibidos e interditos. Os referentes imagéticos, provenientes de diversas fontes e origens, surgem assim inevitavelmente manipulados no espírito e na forma, em imagens sinestésicas onde se sobrepôem inevitáveis interferências'.

mais aqui e aqui.

12 novembro 2010

A cidade na ponta dos dedos l Lisboa no outono dourado



Um hotel que experiência a cultura lisboeta, a nova loja da fábrica mais criativa de Lisboa e uma bebida que acompanha os tapetes dourados da cidade.

Uma experiência chamada Lisboa
Com cores azul do Atlântico e sangue dos telhados de Lisboa, o novo boutique hotel do Cais do Sodré eleva a estadia numa das zonas mais promissoras da cidade, às imagens culturais do Fado, do Tejo, de Fernando Pessoa, do Bairro Alto ou das Sete Colinas. A suite principal tem uma vista fascinante sobre o rio e todos os quartos celestiais caracterizam-se ainda pelas paredes diferenciadas por bibliotecas, guitarras portuguesas ou inesquecíveis imagens da cidade. Dos quartos sem vista, as janelas oferecem desenhos de artistas internacionais. E se as paredes surpreendem com a beleza do Cais das Colunas, os viajantes do mundo são acolhidos por pastéis de Belém feitos no dia, e um presente de acolhimento, apresentado numa caixas de bolos das pastelarias nacionais - ‘no fancy luxuries to full your ego’. Antes dos sonhos e depois de um dia a palmilhar a cidade, há ainda palavras florescentes que surgem apenas no quarto escuro: ‘What is better? To sleep on a king-size bed or in a bed that makes you feel like a king?’
Lx Boutique Hotel
Rua do Alecrim, 12 Lisboa
Tel. 21 347 4394
www.lxboutiquehotel.com
Noites de € 90 a €300

A fábrica imparável
O Lx Factory continua a fazer crescer a cidade e para todos os gostos e feitios, na aventura de descobrir no meio de tantas cores e formas, verdadeiros achados, a nova loja Kare - que viajou de Munique até Lisboa - tem como missão principal divertir as casas portuguesas. São trezentos e cinquenta metros de flexibilidade de estilos e boa relação qualidade-preço, que vêm fazer companhia aos deliciosos gelados do chefe Nino - que agora começou a servir crepes salgados ao almoço - ou ao cénico restaurante Malaca recentemente aberto na aclamada livraria Ler Devagar.
Kare
Lx Factory Alcântara
Rua Rodrigues Faria, 113 Lisboa
Tel. 21 099 8392
www.kare-lisboa.com
Seg a Sáb 11h – 20h

A bebida provocação
Entre os sabores sensuais e aromáticos do Mediterrâneo e as especiarias exóticas do Oriente, a actriz Mónica Belucci protagoniza a campanha dnova bebida dourada da Martini. Desenvolvida pela dupla Dolce & Gabbana, os ingredientes escolhidos por inspiração das viagens de Domenico Dolce e Stefano Gabbana - como o gengibre da Índia, a mirra da Etiópia ou a pimenta da Indonésia - estendem-se a cocktails especiais como o inesquecível ‘Gold on Ice’ que se quer servido na companhia de amoras pretas e pedaços de gengibre.
Martini Gold
Corte Inglês Gourmet
El Corte Inglés Gourmet
Avenidas António Augusto de Aguiar, Lisboa
Avenida da República, Porto
www.elcorteingles.pt
www.martinigold.com
PVP recomendado € 25

11 novembro 2010

é o Faz Gostos Lisboa



decore o azul destas paredes.
mais uma genialidade do designer de interiores Paulo Lobo, elas edificam a nova sala de jantar do Chiado.

em breve numa das minhas páginas sobre a cidade.

silêncio por favor



João Manuel Serra - 1930 - 2010. meu companheiro nas matinés de cinema, uma homenagem sem tamanho a este senhor, que muita falta vai fazer à humanidade da minha cidade.

a cidade e as serras



há lugares me fazem não ter palavras pela experiência, ou pela intensidade de energia gerada à volta do legado da natureza, ou do mais importante legado de todos: os seres humanos. os donos desta casa construiram um grande sonho, sustentado na observação das estrelas e enquanto a sua história de amor se funde com a beleza das faias basta-me pedir ao universo, que me dê sabedoria suficiente para conseguir partilhar a mais bonita casa da Serra da Estrela.
em breve numa das minhas páginas sobre a extensão das cidades.

a cidade e as serras II ou um 'lactarius deliciosus'

sempre gostei de me abraçar às árvores. 'elas também falam'.




uma das elevações mais fascinantes da Casa das Penhas Douradas é a travessia da floresta à procura de cogumelos. as espécies são muitas (há um que se chama Sancha que em latim tem a ternura do nome 'lactarius deliciosus'). para não cair na tentação de alguma magia ou alucinação, sugere-se a procura na companhia de um dos metres da Ecofungos. fascinante ainda é o micélio de onde nascem os cogumelos, que pode percorrer milhares de quilómetros de distância e que é o grande responsável pela ligação da energia das árvores por baixo da terra. agora imagine juntar à libertação da natureza (também o privilégio das escolhas do chef Ljubomir Stanisic) um workshop de cozinha nas talentosas mãos chef Luís Baena. é um verdadeiro manifesto aos cogumelos mágicos.






a cidade e as serras III

qualquer semelhança da imagem, com uma das obras primas de Yann Arthus Bertrand é pura coincidência.



'no começo do verão, antes de demandar os altos da serra, ovelhas e carneiros deixavam, em poder dos donos, a sua capa de inverno. lavada por braços passantes, fiada depois, a lã subia, um dia, ao tear. e começava a tecelagem. o homem movia, com os pés, a tosca construção de madeira, enquanto as suas mãos iam operando o milagre de transformar a grosseira matéria em forte tecido. constituía o acto uma indústria doméstica, que cada qual exercia em seu proveito, pois a serra não dava, nessas recuadas eras, mais do que lã e centeio.'

são palavras de Ferreira de Castro que transpiram um dos projectos Saberes e Fazeres da Vila em Manteigas, na Serra da Estrela. a fábrica (uma fascinate e deliciosa viagem no tempo) recupera a energia de outros tempos com a inovadora marca Burel, que abriu recentemente uma loja no Chiado. entre mantas, tapetes, tapa-pés para cama e muitos acessórios estou rendida ao banco tertúlia. para perceber do que estou a falar mergulhe aqui.











10 novembro 2010

e tu reciclas as tuas? II



não é preciso ser a super mulher para contribuir para um mundo mais elevado. e confesso que me espanto por pertencer à ínfima percentagem de pessoas que reciclam no edifício do andar atlântico. já todos conhecem a minha obsessão por estas cápsulas, mas hoje a causa é outra.

comecei o dia nas margens do Rio Sado e confirmei, não apenas a beleza dos arrozais, mas mais um feito da responsabilidade Nespresso. ao reciclarmos as cápsulas estamos não só a contribuir para um mundo mais limpo, como a ajudar quem precisa. com a missão de reduzir as emissões de carbono em 20%, o objectivo urgente da Nespresso é transformar as 19 toneladas de cápsulas recicladas, em 300 toneladas (o que equivale a 30 milhões de cápsulas).

o projecto consiste no aproveitamento da borra de café (resultante do processo de separação da borra e do alumínio) integrada num composto agrícola que será utilizado para fertilização de aproximadamente 2 hectares de terreno de cultura de arroz. o arroz obtido nestes lotes de terreno será processado e controlado pela Saludães e oferecido ao Banco Alimentar. os 30 milhões de cápsulas darão 50 toneladas de arroz, ou seja um milhão de refeições para quem tanto precisa. ainda tem dúvidas? mais aqui.

e tu reciclas as tuas?


08 novembro 2010

a Madame sonha a obra nasce II

para quem não percebeu o que era o Village Underground (VU) aqui fica a explicação da Madame.

'nostalgia' or amazing new york sixties



e a cinco? para quando a série cinco?!

páginas de papel, sim para sempre II



depois deste post há também quem adira ao poderoso legado do cheiro das páginas sublinháveis: a criação de uma vela a cheirar a páginas de livros antigos. como filha de um alfarrabista só poderia achar a ideia da Assouline absolutamente extraordinária.

05 novembro 2010

a Madame sonha a obra nasce



é assim, a Madame sonha, pega num telefone e engrandece Lisboa. Enquanto a crise abana barracas, há quem aproveite a carruagem para sonhar mais alto e no caso da Mariana Duarte Silva só lhe posso agradecer por engrandecer a minha cidade. O Village Underground chega hoje (de Shorderitch, Londres) a Lisboa e se não sabe o que é, não deixe de passar hoje pelo Open Day do Lx Factory, entre as sete e as vinte e três. Conte com a apresentação do VU - escritórios que vão nascer em antigas carruagens de metro ou em autocarros antigos, como espaço de trabalho e intercâmbio cultural - e os sonhos, sempre tão bem implementados, de uma das senhoras mais visionárias da minha cidade.

PersonalTime Newsletter | Novembro 2010



António Maria Lisboa escreve a Cesariny a dizer que é no cair das folhas de Outono que surgem revelações. Com elas muitas pulsações por minuto, com os novos LunarGlide+2 da Nike, ou com as bandas que todas as noites animam Glória Live Music para os lados do Chiado. Inspirações japonesas na nova linha da Coccinelle por Kostas Murkindis e todos os serviços e mais alguns, para os nossos membros. Ainda a irreverência da pastelaria biológica num projecto que respira o amor de Sanda Vuckovic Pagaimo, uma agenda inundada de criatividade elevado por mais um projecto de Mariana Duarte Silva, o Village Underground Lisboa. Como se tudo não bastasse ainda uma escapadela à beleza das Penhas Douradas numa estação que se espalha com a mesma cor.

explore a PersonalTime aqui e veja a newsletter deste mês aqui.

03 novembro 2010

'kissssing'



I fell in love with her courage, her sincerity, and her flaming self respect. and it's these things I'd believe in, even if the whole world indulged in wild suspicions that she wasn't all she should be. I love her and it is the beginning of everything.

mais aqui.

02 novembro 2010

sobre o projecto da humanidade


para todos aqueles que ultimamente me têm criticado por qualquer obcessão biológica, ou por uma vida mais saudável (tudo isso e ainda as corridas à luz da lua), aqui fica o testemunho de alguém para quem a vida passa pelo projecto mais importante de todos: o da humanidade.